Anjos
são mensageiros de Deus para com os homens. Os três maiores anjos são chamados
arcanjos porque desempenharam tarefas mais importantes.
Rafael é chamado o Curador, porque curou a
cegueira do justo Tobias.
Gabriel
anunciou a Maria a encarnação de seu filho Jesus e também anunciou a geração de
João Batista, filho do sacerdote Ananias e de sua esposa Izabel.
Miguel
está ligado à opção dos anjos uns a favor e outros contra Deus. Miguel chefia
os que estão a favor e Lúcifer os que se opõem a Deus. Seu grito de guerra:
“Quem como Deus!”
E houve batalha no céu; Miguel e os
seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e seus anjos; Mas
não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana todo o
mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. (Apocalipse
de João 12:7-9)
Na
estatuária missioneira São Miguel é representado com vestes de soldado romano,
tendo numa das mãos uma balança de dois pratos e na outra mão uma lança
apontada para Lúcifer esmagado a seus pés.
A
primeira escultura, na qual desapareceram, com o tempo, o corpo de Lúcifer, a
lança e a balança, é de um barroco mais acentuado e se destaca a beleza do
rosto do Arcanjo.
A
segunda escultura, mais completa, tem o caráter de anjos mais destacado
aparecendo asas tanto em Miguel como em Lúcifer.
A
terceira escultura, mais simples, de vestir, certamente feita por um índio, só
apresenta as características essenciais de Miguel: Lúcifer esmagado a seus pés.
São
Miguel era o patrono da Redução de São Miguel, a capital dos Sete Povos. O
diabo aos pés de São Miguel é, muitas
vezes, interpretado como o bandeirante paulista, que destruiu grande número de
missões.
Texto de Pedro Ignácio Schmitz
Imagens de Márcio de Mattos Rodrigues