Entre os dias 23
e 26 de janeiro, uma equipe de arqueólogos do Instituto Anchietano de Pesquisas
(IAP/UNISINOS), composta por Jairo Rogge, Marcus Beber e Suliano Ferrasso,
juntamente com a profa. Dra. Ana Lucia Goelzer Meira, professora do curso de
Arquitetura e Urbanismo da UNISINOS e o prof. Ms. José Afonso de Vargas,
estiveram em Uruguaiana, RS, realizando um levantamento na Estância da
Queimada, um dos vários postos de manejo de gado relacionados à grande Estância
da Redução de Yapeyu, cuja sede ficava na margem direita do Rio Uruguai, mas
cuja área compreendia uma vasta região tanto no lado argentino como,
principalmente, no lado brasileiro.
Localização da
Estância da Queimada. Mapa: Jairo Rogge
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Esse
levantamento faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo que o IAP está
desenvolvendo e que tem como objetivo documentar e entender o conjunto das
estruturas estancieiras, suas técnicas construtivas, seu funcionamento, sua
forma de administração, além de sua importância para o abastecimento das
reduções.
A partir de 1731,
os superiores das reduções criaram um sistema de estâncias, uma para cada
redução e duas maiores, São Miguel e Yapeyu, cada uma com 200.000 reses como
reserva para atender emergências. Nelas o gado era dividido em postos de
manejo, cada estância com 15 a 20 dessas unidades, atendidas, por turno, por
caciques com as famílias de seus seguidores. Disso resultaram estruturas
construídas (casa de administração, currais, potreiros, arranchamento dos
índios), cujas ruinas constituem o objeto da pesquisa. O enfoque é
interdisciplinar e abrange aspectos históricos, arqueológicos, ambientais e
arquitetônicos, cada um com sua metodologia.
Estância da
Queimada. Vista parcial da taipa de pedra do curral circular, com mais de 80 m
de diâmetro. Foto: Suliano Ferrasso
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Estância da
Queimada. Vista parcial das ruínas da parede de uma estrutura central. Foto: Jairo
Rogge
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Estância da
Queimada. Vista parcial da taipa de pedra do curral retangular, inserido na
paisagem típica do Bioma Pampa. Foto: Suliano Ferrasso
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Texto:
Jairo Rogge e Suliano Ferrasso