terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PROJETO ESTÂNCIAS MISSIONEIRAS, URUGUAIANA, RS

Entre os dias 23 e 26 de janeiro, uma equipe de arqueólogos do Instituto Anchietano de Pesquisas (IAP/UNISINOS), composta por Jairo Rogge, Marcus Beber e Suliano Ferrasso, juntamente com a profa. Dra. Ana Lucia Goelzer Meira, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNISINOS e o prof. Ms. José Afonso de Vargas, estiveram em Uruguaiana, RS, realizando um levantamento na Estância da Queimada, um dos vários postos de manejo de gado relacionados à grande Estância da Redução de Yapeyu, cuja sede ficava na margem direita do Rio Uruguai, mas cuja área compreendia uma vasta região tanto no lado argentino como, principalmente, no lado brasileiro.

Localização da Estância da Queimada. Mapa: Jairo Rogge

Esse levantamento faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo que o IAP está desenvolvendo e que tem como objetivo documentar e entender o conjunto das estruturas estancieiras, suas técnicas construtivas, seu funcionamento, sua forma de administração, além de sua importância para o abastecimento das reduções.

A partir de 1731, os superiores das reduções criaram um sistema de estâncias, uma para cada redução e duas maiores, São Miguel e Yapeyu, cada uma com 200.000 reses como reserva para atender emergências. Nelas o gado era dividido em postos de manejo, cada estância com 15 a 20 dessas unidades, atendidas, por turno, por caciques com as famílias de seus seguidores. Disso resultaram estruturas construídas (casa de administração, currais, potreiros, arranchamento dos índios), cujas ruinas constituem o objeto da pesquisa. O enfoque é interdisciplinar e abrange aspectos históricos, arqueológicos, ambientais e arquitetônicos, cada um com sua metodologia.

Estância da Queimada. Vista parcial da taipa de pedra do curral circular, com mais de 80 m de diâmetro. Foto: Suliano Ferrasso
Estância da Queimada. Vista parcial das ruínas da parede de uma estrutura central. Foto: Jairo Rogge
Estância da Queimada. Vista parcial da taipa de pedra do curral retangular, inserido na paisagem típica do Bioma Pampa. Foto: Suliano Ferrasso

Texto: Jairo Rogge e Suliano Ferrasso

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Plantas Medicinais no Instituto Anchietano de Pesquisas/Unisinos: Capim-cidró


Dando continuidade às plantas medicinais apresentamos hoje

Capim-cidró (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf)

De acordo com Lorenzi (2008, p. 433) é originária do velho mundo e muito cultivada em todos os países tropicais inclusive no Brasil, tanto para fins industriais como em hortas caseiras para uso em medicina tradicional. Pertence à família Poaceae (Gramineae). Trata-se de uma erva cespitosa (forma de touceira) quase acaule, com folhas longas, estreitas e aromáticas e, quando recentemente amassadas, têm forte cheiro de limão.
Quanto ao cultivo, Corrêa (1998, p. 99)  afirma ser preferencial os solos frescos, sem umidade exagerada, argilosos ou próximos de cursos de água. Necessita de iluminação plena. O plantio pode ser feito ao longo de todo o ano, por divisão de touceiras, com espaçamento de 0,4 x 1,0 m. Faz-se a colheita duas vezes por ano a partir do quarto mês após o plantio.

Foto 1 – Capim-cidró (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf) cultivado no Campus da Unisinos em São Leopoldo.

Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do capim-cidró deve-se utilizar as folhas, preparando-as por infusão 1-3g (1 a 3 colheres de chá) em 150 ml (uma xícara de chá). Utilizar uma xícara de 2 a 3 vezes ao dia por via oral. Indicada para o tratamento de cólicas intestinais e como sedativo leve. Deve-se evitar o uso concomitante com medicamentos sedativos (calmantes).

Foto 2 - Canteiro de cultivo no jardim de plantas medicinais do Campus da Unisinos em São Leopoldo no ano de 2007.

Para ler mais sobre capim-cidró acesse o artigo do Pe. Clemente José Steffen publicado pelo Instituto Anchietano de Pesquisas em:



Texto e fotos: Denise Maria Schnorr

Referências
Corrêa, A.D.; Batista, R.S.; Quintas, L.E.M. Plantas Medicinais: do cultivo à terapêutica. Rio de janeiro, Vozes, 1998. 246 p.
Lorenzi, H.; Matos, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª. Ed. São Paulo, Instituto Plantarum, 2008. 544p.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B26836-1-0%5D.PDF>
Acesso em: 23 de janeiro de 2018