quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Balduíno Rambo


No dia 12 de setembro se completaram 55 anos da morte do Pe. Balduíno Rambo.
Falar de Rambo é emocionante, conhecer, conservar e preservar suas obras e coleção é um privilégio.
Balduíno Rambo era dotado de uma inteligência ímpar, com grande sensibilidade, disciplina e retilínea execução de seus projetos. Sua formação era em Humanidades, Filosofia e Teologia, mas tinha amplo interesse pela Ciência, o que lhe proporcionou subsídios para inúmeras atividades multidisciplinares, sempre sustentadas por extraordinária vivência espiritual.
Rambo, fundou o Herbarium Anchieta, no Colégio Anchieta, Porto Alegre de onde vem sua sigla (PACA = Porto Alegre Colégio Anchieta), em 1932. Em 1956, junto com um grupo de pesquisadores jesuítas fundou o Instituto Anchietano de Pesquisas que, atualmente, se encontra no Campus da UNISINOS, em São Leopoldo.
O Herbário, no momento de sua morte, aos 56 anos de idade, contava 65.000 exemplares, representando quase todas as espécies vegetais do Rio Grande do Sul conhecidas naquela época, e tudo perfeitamente classificado e devidamente fichado. Ele era o coletor, o preparador e o curador e, por isso, conhecia quase todas as plantas do estado e suas associações. A cada três meses ele revisava planta por planta, para os cuidados necessários de conservação. Para domínio de toda esta obra gigantesca, Pe. Rambo tinha uma pontualidade e organização que deixava a todos admirados.
Suas publicações botânicas começaram em 1932, juntamente com a fundação do Herbário. Até sua morte ele tinha publicado 40 trabalhos em diversas revistas científicas e. ainda deixou prontos 14 manuscritos, referentes a outras famílias do seu herbário. Para publicar todo o acervo ele calculava precisar mais 20 anos.
Uma das obras mais importantes de Rambo é a “Fisionomia do Rio Grande do Sul”, um tratado geral sobre a fisionomia do estado, que compreende os apontamentos e observações de dezenas de milhares de quilômetros viajados, de avião ou por terra. A obra é tão vasta e abrangente que um dia alguém achou impossível que um único homem tivesse feito todas estas observações.
Sua coleção está aos cuidados do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, junto com a de outros colegas. A coleção que hoje soma 140.000 exemplares está toda acessível on line

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