No
dia 12 de setembro se completaram 55 anos da morte do Pe. Balduíno Rambo.
Falar
de Rambo é emocionante, conhecer, conservar e preservar suas obras e coleção é
um privilégio.
Balduíno
Rambo era dotado de uma inteligência ímpar, com grande sensibilidade,
disciplina e retilínea execução de seus projetos. Sua formação era em Humanidades,
Filosofia e Teologia, mas tinha amplo interesse pela Ciência, o que lhe
proporcionou subsídios para inúmeras atividades multidisciplinares, sempre sustentadas
por extraordinária vivência espiritual.
Rambo,
fundou o Herbarium Anchieta, no Colégio Anchieta, Porto Alegre de onde vem sua
sigla (PACA = Porto Alegre Colégio Anchieta), em 1932. Em 1956, junto com um
grupo de pesquisadores jesuítas fundou o Instituto Anchietano de Pesquisas que,
atualmente, se encontra no Campus da UNISINOS, em São Leopoldo.
O
Herbário, no momento de sua morte, aos 56 anos de idade, contava 65.000
exemplares, representando quase todas as espécies vegetais do Rio Grande do Sul
conhecidas naquela época, e tudo perfeitamente classificado e devidamente
fichado. Ele era o coletor, o preparador e o curador e, por isso, conhecia quase
todas as plantas do estado e suas associações. A cada três meses ele revisava
planta por planta, para os cuidados necessários de conservação. Para domínio de
toda esta obra gigantesca, Pe. Rambo tinha uma pontualidade e organização que
deixava a todos admirados.
Suas
publicações botânicas começaram em 1932, juntamente com a fundação do Herbário.
Até sua morte ele tinha publicado 40 trabalhos em diversas revistas científicas
e. ainda deixou prontos 14 manuscritos, referentes a outras famílias do seu
herbário. Para publicar todo o acervo ele calculava precisar mais 20 anos.
Uma
das obras mais importantes de Rambo é a “Fisionomia do Rio Grande do Sul”, um
tratado geral sobre a fisionomia do estado, que compreende os apontamentos e
observações de dezenas de milhares de quilômetros viajados, de avião ou por
terra. A obra é tão vasta e abrangente que um dia alguém achou impossível que
um único homem tivesse feito todas estas observações.
Sua
coleção está aos cuidados do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, junto
com a de outros colegas. A coleção que hoje soma 140.000 exemplares está toda
acessível on line.
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