quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Homenagem a André Luiz Jacobus

André Luiz Jacobus
12 de setembro de 1957, Taquara, RS a 05 de setembro de 2016, Sapiranga, RS.
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNSINOS) em 1983, Mestre em História pela PUCRS em 1996, iniciou o doutorado no MAE da USP em 1997, sem poder concluí-lo em consequência de um acidente e da doença que o acompanhou durante longos anos de sua vida. A tese, intitulada “Caçadores-coletores na Mata Atlântica: um estudo de caso na região hidrográfica da Bacia do Lago Guaíba e Planície Litorânea adjacente (RS)” era o assunto de sua vida e sobre o qual mais escreveu. O memorial que acompanhava seu exame de qualificação para o doutorado, em 2000, possui 154 páginas e representa a síntese de suas pesquisas em Zooarqueologia de grupos caçadores-coletores.
André Luiz trabalhou muitos anos em projetos arqueológicos do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, onde fundou o Gabinete de Zooarqueologia. Ele se tornou um dos mais ativos pesquisadores neste ramo da Arqueologia e um de seus pioneiros no Brasil.
André Luiz trabalhou 32 anos no MARSJL, em Taquara, como funcionário do Estado do RS, no cargo de Técnico em Assuntos Culturais. Foi seu curador e chegou a ser diretor por curtos períodos, de 1991 a 1994 e de 1998 a 1999. A partir de 1994, desenvolveu, junto a este Museu, o Projeto PASAP (Projeto Arqueológico Santo Antônio da Patrulha).
Muito doente, aposentou-se em novembro de 2009. Depois de alguma recuperação, voltou a colaborar, como voluntário, com o Instituto Anchietano de Pesquisas e a prestar alguma assessoria em arqueologia de contrato.
André Luiz era pesquisador sério, defensor do patrimônio cultural e grande divulgador do mesmo. Era assíduo frequentador de congressos e reuniões de Arqueologia. Suas principais publicações encontram-se na Revista do CEPA, da UNISC, Santa Cruz do Sul, RS e em Anais.

            André Luiz era bom companheiro. Sua prematura partida deixa uma grande lacuna. 

Texto produzido por Pedro Ignácio Schmitz

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Balduíno Rambo


No dia 12 de setembro se completaram 55 anos da morte do Pe. Balduíno Rambo.
Falar de Rambo é emocionante, conhecer, conservar e preservar suas obras e coleção é um privilégio.
Balduíno Rambo era dotado de uma inteligência ímpar, com grande sensibilidade, disciplina e retilínea execução de seus projetos. Sua formação era em Humanidades, Filosofia e Teologia, mas tinha amplo interesse pela Ciência, o que lhe proporcionou subsídios para inúmeras atividades multidisciplinares, sempre sustentadas por extraordinária vivência espiritual.
Rambo, fundou o Herbarium Anchieta, no Colégio Anchieta, Porto Alegre de onde vem sua sigla (PACA = Porto Alegre Colégio Anchieta), em 1932. Em 1956, junto com um grupo de pesquisadores jesuítas fundou o Instituto Anchietano de Pesquisas que, atualmente, se encontra no Campus da UNISINOS, em São Leopoldo.
O Herbário, no momento de sua morte, aos 56 anos de idade, contava 65.000 exemplares, representando quase todas as espécies vegetais do Rio Grande do Sul conhecidas naquela época, e tudo perfeitamente classificado e devidamente fichado. Ele era o coletor, o preparador e o curador e, por isso, conhecia quase todas as plantas do estado e suas associações. A cada três meses ele revisava planta por planta, para os cuidados necessários de conservação. Para domínio de toda esta obra gigantesca, Pe. Rambo tinha uma pontualidade e organização que deixava a todos admirados.
Suas publicações botânicas começaram em 1932, juntamente com a fundação do Herbário. Até sua morte ele tinha publicado 40 trabalhos em diversas revistas científicas e. ainda deixou prontos 14 manuscritos, referentes a outras famílias do seu herbário. Para publicar todo o acervo ele calculava precisar mais 20 anos.
Uma das obras mais importantes de Rambo é a “Fisionomia do Rio Grande do Sul”, um tratado geral sobre a fisionomia do estado, que compreende os apontamentos e observações de dezenas de milhares de quilômetros viajados, de avião ou por terra. A obra é tão vasta e abrangente que um dia alguém achou impossível que um único homem tivesse feito todas estas observações.
Sua coleção está aos cuidados do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, junto com a de outros colegas. A coleção que hoje soma 140.000 exemplares está toda acessível on line

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Homenagem ao Padre Clemente José Steffen SJ

Padre Clemente José Steffen S.J. era sacerdote jesuíta. Nasceu em Santo Cristo, RS, em 14.09.1925 e faleceu em São Leopoldo, RS, em 14.04.2003.
Era Bacharel em História Natural e especialista em Fisiologia Vegetal e Ecologia.
Como professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, dedicou sua vida aos alunos, aos colegas e à manutenção da ecologia do Campus Universitário.
Desde 1992 interessou-se pelas plantas medicinais: plantou-as num grande jardim, criou uma coleção de herbário, reuniu suas sementes e deu princípio a uma Farmácia Viva.
A partir de 2010 o Instituto Anchietano de Pesquisas se envolveu na continuidade do Projeto Plantas Medicinais.
Publicação:


Aquisição: envie e-mail para anchietano@unisinos.br