terça-feira, 8 de novembro de 2016

O Missal Romano em nosso Museu Capela

O Instituto Anchietano de Pesquisas reuniu centenas de livros usados na liturgia católica, que está organizando e classificando para tornar o acervo disponível on-line. São principalmente guias para a administração dos Sacramentos (Rituais) e para a celebração da Eucaristia (Missais). Hoje mostramos um desses Missais guardados no Museu Capela do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS.

 
Missal Romano, encadernação em couro, cantoneiras e imagem central em prata, usado em dias de festa.
Páginas internas mostrando um Prefácio, em Latim e com notação gregoriana. Tradução: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Seu Filho, que com Ele vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém. O Senhor esteja convosco. E com teu Espírito.

Abertura de um missal romano tradicional com as necessárias identificações, aqui traduzidas. Missal Romano, reproduzido de acordo com o Decreto do Sacrossanto Concílio Tridentino, editado por ordem do Sumo Pontífice S. Pio, reconhecido por outros Pontífices, reformado por Pio X e tornado público pela autoridade do Santíssimo S.N. Bento XV. Edição conforme a Edição Típica Vaticana.
Regensburg. Editora de Friedrich Pustet, tipógrafo da Santa Sé Apostólica e da Sagrada Congregação dos Ritos.

A história dessas obras

Nos primeiros séculos do cristianismo não havia regras e prescrições para a celebração eucarística e a administração dos sacramentos. As circunstâncias e a inspiração do momento predominavam.

Nos séculos IV e V foram introduzidos livretos como guias para os rituais e as celebrações.

Nos séculos V-VII se criaram os Sacramentários, com fórmulas fixas que ordenavam as celebrações em conventos e catedrais.

A partir do século X começaram os Missais, com a reunião de todos os textos e orações usados na celebração da Eucaristia por todos os sacerdotes que celebravam tanto nas pequenas paróquias rurais, como nos conventos e nas grandes catedrais urbanas.

Pio V (1570) publicou o primeiro missal para toda a Igreja Romana. Modificações pequenas foram feitas por Clemente VIII (1604), por Urbano VIII (1634), por Benedito XV (1920) e por Pio XI, mas a essência ficou sem modificação. As aprovações desses papas ainda se encontram na abertura dos missais, como se vê numa das imagens acima.

Até o Concílio Vaticano II (década de 1960) a língua do ritual da Igreja Católica era o Latim e o canto, o Gregoriano, com sua notação musical específica. Com o Concílio Vaticano II a língua do ritual e da celebração passou a ser o vernáculo e o canto gregoriano foi rapidamente desaparecendo.






Um comentário:

  1. Olá, bom dia! Gostei muito do post!! Sou estudante de artes e estou pesquisando sobre missais antigos de madrepérola. Gostaria de saber se é possível me indicar fontes online para leitura. Obrigada desde já!

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