O
Instituto Anchietano de Pesquisas reuniu centenas de livros usados na liturgia
católica, que está organizando e classificando para tornar o acervo disponível
on-line. São principalmente guias para a administração dos Sacramentos
(Rituais) e para a celebração da Eucaristia (Missais). Hoje mostramos um desses
Missais guardados no Museu Capela do Instituto Anchietano de
Pesquisas/UNISINOS.
Missal
Romano, encadernação em couro, cantoneiras e imagem central em prata, usado em dias
de festa.
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Páginas
internas mostrando um Prefácio, em Latim e com notação gregoriana. Tradução:
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Seu Filho,
que com Ele vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém. O Senhor
esteja convosco. E com teu Espírito.
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Abertura
de um missal romano tradicional com as necessárias identificações, aqui
traduzidas. Missal Romano, reproduzido de
acordo com o Decreto do Sacrossanto Concílio Tridentino, editado por ordem do
Sumo Pontífice S. Pio, reconhecido por outros Pontífices, reformado por Pio X e
tornado público pela autoridade do Santíssimo S.N. Bento XV. Edição conforme a Edição
Típica Vaticana.
Regensburg. Editora de
Friedrich Pustet, tipógrafo da Santa Sé Apostólica e da Sagrada Congregação dos
Ritos.
A história dessas obras
Nos
primeiros séculos do cristianismo não havia regras e prescrições para a
celebração eucarística e a administração dos sacramentos. As circunstâncias e a
inspiração do momento predominavam.
Nos
séculos IV e V foram introduzidos livretos como guias para os rituais e as
celebrações.
Nos
séculos V-VII se criaram os Sacramentários, com fórmulas fixas que ordenavam as
celebrações em conventos e catedrais.
A
partir do século X começaram os Missais, com a reunião de todos os textos e
orações usados na celebração da Eucaristia por todos os sacerdotes que
celebravam tanto nas pequenas paróquias rurais, como nos conventos e nas
grandes catedrais urbanas.
Pio
V (1570) publicou o primeiro missal para toda a Igreja Romana. Modificações
pequenas foram feitas por Clemente VIII (1604), por Urbano VIII (1634), por Benedito
XV (1920) e por Pio XI, mas a essência ficou sem modificação. As aprovações
desses papas ainda se encontram na abertura dos missais, como se vê numa das
imagens acima.
Até
o Concílio Vaticano II (década de 1960) a língua do ritual da Igreja Católica
era o Latim e o canto, o Gregoriano, com sua notação musical específica. Com o
Concílio Vaticano II a língua do ritual e da celebração passou a ser o
vernáculo e o canto gregoriano foi rapidamente desaparecendo.
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Olá, bom dia! Gostei muito do post!! Sou estudante de artes e estou pesquisando sobre missais antigos de madrepérola. Gostaria de saber se é possível me indicar fontes online para leitura. Obrigada desde já!
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