segunda-feira, 10 de julho de 2017

GRAVURAS RUPESTRES NO OESTE E NO SUL DO BRASIL

Numa sequência de postagens nos propomos mostrar gravuras rupestres estudadas pela equipe de arqueologia do Instituto Anchietano de Pesquisas, no Oeste e no Sul do Brasil.
Na figura 1 estão indicados os dois estilos de gravuras que mostraremos: O asterisco vermelho indica regiões de grandes gravuras sobre extensos lajedos horizontais na beira de lagoas, no Oeste de Goiás e no Pantanal do Mato Grosso do Sul; é o estilo Pantanal. O ponto vermelho indica regiões de gravuras pequenas em abrigos rochosos no Sudoeste de Goiás e no centro do Rio Grande do Sul; é o estilo Pisadas.
Os nove anos de pesquisa arqueológica da equipe no Pantanal foram publicados em Schmitz, P.I. e equipe em ‘Aterros Indígenas no Pantanal do Mato Grosso do Sul’. Pesquisas, Antropologia 54, 1998, 271 páginas.
Figura 2: O rio Paraguai é acompanhado por grandes lagoas permanentes de água doce, como a de Jacadigo, a maior delas na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Ao redor delas se dão as ocupações indígenas, que começam aproximadamente 6.500 anos a.C. Ao fundo o maciço rochoso da Tromba dos Macacos, que alcança mil metros de altura. O barquinho era nosso meio de locomoção.
Figura 3: O Pantanal enche todos os anos pelo represamento das águas do rio Paraguai, no tempo das chuvas, aproximadamente de novembro a maio, invadindo os campos vizinhos, onde se formam centenas de pequenas ilhas cobertas de árvores. Nessa estação ali se refugiavam os índios que normalmente moravam na beira das lagoas ou do rio. No período colonial se encontram ali vários grupos do tronco linguístico chaquenho, como os Paiaguá.
 Figura 4. Arqueólogos da equipe escavando numa dessas ilhas.
Figura 5. O rio Verde, um pequeno afluente do Paraguai, em cuja alta barranca se fizeram escavações maiores.
Figura 6. Os arqueólogos da equipe procuram entender como eram os acampamentos dos índios. Recuperaram muitos restos de panelas de barro da tradição Pantanal, alguns instrumentos em pedra e numerosos sepultamentos.
Figura 7. Os mortos eram enterrados em assentamentos à beira das lagoas e dos rios, em lugares que não alagavam durante a enchente anual. Para ali também eram trazidos os que morriam nos acampamentos dos campos.

Texto e imagens de Dr. Pedro Ignácio Schmitz.

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