sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Grupo de Estudos Arqueologia Anchietano


Aconteceu, no último dia 10 de novembro de 2018, o primeiro encontro do Grupo de Estudos Arqueologia Anchietano. A aula inaugural ficou por conta do professor Pedro Ignácio Schmitz, que apresentou a todos os primeiros passos da Arqueologia no Brasil.

Criado e organizado pelos pesquisadores Marcus Vinicius Beber, Suliano Ferrasso e Márcio de Mattos Rodrigues, o grupo tem por finalidade reunir os alunos do curso de História e demais estudantes interessados da Unisinos, com a intenção de proporcionar atividades extra-curriculares nas áreas de História, Arqueologia e Educação Patrimonial.

Com a participação voluntária dos professores e palestrantes, esses encontros acontecem aos sábados pela manhã nas dependências do Instituto Anchietano de Pesquisas, onde os alunos têm acesso a todo o acervo material da instituição. Os primeiros encontros visam integrar os alunos ao ambiente de pesquisa arqueológica, abrangendo seminários, visitas técnicas e saídas de campo.

O último encontro de 2018 está previsto para o dia 8 de dezembro mas retornará em 2019 com um cronograma a ser divulgado à todos os interessados. O Grupo de Estudos Arqueologia Anchietano conta com a colaboração do coordenador do curso de História da Unisinos, Jairo Rogge e tem como patrono o professor Pedro Ignácio Schmitz.







quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Plantas Medicinais no Instituto Anchietano de Pesquisas: Capuchinha


Dando continuidade à divulgação do projeto Plantas Medicinais, iniciado no Centro de Ciências da Saúde da UNISINOS, em 1992, pelo P. Clemente José Steffen, publicamos hoje o artigo por ele escrito sobre a Capuchinha, uma planta da qual gostava muito pela beleza, uso medicinal e culinário.

Para ter acesso a outros arquivos do P. Clemente acesse a página: www.anchietano.unisinos.br

CAPUCHINHA
P. Clemente José Steffen, S.J.

A capuchinha, também chamada popularmente chagas, é uma planta que merecia mais atenção e aproveitamento. É ao mesmo tempo medicinal, comestível e ornamental. Sua origem é sul-americana, tendo sido levada do Peru para a Europa. Seu nome científico é Tropaeolum majus, da família Tropaeolaceae. 

Tem características bem marcantes. Seus caules rastejantes com suas folhas e flores de pecíolos longos cobrem barrancos, muros e depósitos de restos de construção, pelos quais parecem ter predileção. As flores têm cores variadas, predominando o amarelo e o vermelho. Sobre as folhas orbiculares, colocadas horizontalmente, costuma acumular-se água da chuva, sem elas se molharem.

Por causa das folhas e flores é uma planta ornamental muito chamativa. É anual, mas não precisa ser replantada, porque as sementes, três em cada fruto, caindo ao solo, renascem espontaneamente todos os anos.


Como alimento servem as folhas, flores e frutos. As folhas são ótima salada, de sabor picante e muita vitamina C. Mais saborosas ainda são as próprias flores. Os botões florais e também os frutos novos são preparados em conserva de sal e vinagre, sendo conhecidos como alcaparra dos pobres, usados como aperitivo.

Desde sua descoberta no Peru e sua transferência para a Europa, começou também a ser usada como planta medicinal. Rica em vitamina C, é eficiente no tratamento do escorbuto. Os marinheiros cultivavam-na em caixas nos navios para consumi-la durante as viagens. Segundo pesquisas recentes, toda a planta tem ação anti-bacteriana e anti-micótica. 

É empregada em infecções do sistema genito-urinário e do sistema respiratório. Especialmente as sementes são ricas em princípios ativos, sendo um antibiótico vegetal, ativo contra os micro-organismos dos gêneros Estafilococo, Proteus, Estreptococo e Salmonela. 


Além disso, a capuchinha tem ainda uma propriedade muito solicitada também em nossos dias, como diz um autor do começo do século: “... toda la planta, es decir, tallos, hojas y sus rabillos y flores, machacada en un mortero y formando emplasto, estimula la actividad del bulbo piloso, previene la caida del cabello y favorece su salida. Para ello, empléese siempre la planta recién cogida, córtese el pelo previamente y aféitese la cabeza antes de aplicar el emplasto”.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Plantas Medicinais no Instituto Anchietano de Pesquisas


A Universidade do Vale do Rio dos Sinos completa 50 anos de atividade em 31 de julho de 2019. Destes, 26 anos de estudo, ensino e divulgação de plantas medicinais. Pe. Clemente José Steffen SJ, naturalista, professor de ecologia e fisiologia vegetal do curso de Ciências Biológicas, iniciou, em 1992, o Projeto Plantas Medicinais no Campus da Unisinos de São Leopoldo.

O projeto criou e manteve um grande jardim didático com centenas de espécies de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e comestíveis, cultivadas e espontâneas, nativas e exóticas. Também coleções de amostras de plantas secas, sementes, cascas e cipós, um herbário didático e o correspondente registro fotográfico. Em seu gabinete, disponibilizava uma biblioteca especializada para alunos e demais interessados.

A identificação botânica, os usos e preparos tradicionais, as formas de cultivo e manejo, as técnicas de coleta, secagem e armazenamento, eram ensinados e divulgados através de cursos de extensão, palestras, oficinas, folders e artigos populares.

Na década de 1990, Denise Maria Schnorr foi sua estagiária, bolsista e funcionária no Laboratório de Plantas Medicinais do Centro de Ciências da Saúde.

Após o falecimento do Pe. Clemente, em 2003, a Bióloga Denise Maria Schnorr, especialista em Saúde Pública e em Docência em Fitoterapia Aplicada à Nutrição, ficou encarregada deste trabalho.

Iniciou-se uma nova fase do projeto, no Instituto Anchietano de Pesquisas, com o objetivo de resgatar, atualizar e divulgar conhecimentos tradicionais e científicos das plantas medicinais, aromáticas, condimentares e comestíveis subutilizadas. A divulgação é feita na forma de oficinas e palestras nos cursos de graduação, como nutrição, gastronomia e biologia e em projetos sociais.

O Instituto Anchietano de Pesquisas, através do trabalho de Denise Maria Schnorr, passa a disponibilizar, nesta página, fotos, slides, textos, catálogos, revistas digitalizadas, materiais didáticos e links, resgatando o legado do Pe. Clemente José Steffen SJ.

Poster referente ao Projeto Plantas Medicinais na década de 1990.
Clique na imagem para ampliá-la.

Fotos, textos, catálogos, revistas digitalizadas e materiais didáticos sobre o Projeto Plantas Medicinais e Pe. Clemente estão disponibilizados em:
 www.anchietano.unisinos.br