Texto:
Eric Franz – graduando do curso de História da Unisinos
ESTUDANDO
A COLEÇÃO DE MISSAIS COM O COLEGA FERNANDO ROQUE
Missais
– Singularidades num padrão minucioso
Como
outrora fora visto em postagens deste mesmo blog, o Instuto Anchietano de
Pesquisa conta - no presente momento - com um acervo considerável de obras
referentes à liturgia católica. Esta coleção tende a crescer ainda mais com a
adição de “novos” exemplares que se incluem periodicamente.
De
maneira oportuna, em função de demanda imposta pelo currículo da graduação em
História, me foi possibilitado contribuir para com a organização e
classificação dos exemplares que então chegavam ao IAP. Assim sendo, entre inúmeras
estantes e livros diversos, acabei por entrar em contato com variados tipos de
Missais com particularidades que não esperava encontrar.
Mesmo
como leigo, é difícil não se deixar levar pela curiosidade e “perder” alguns
minutos folheando as páginas tão ricamente ornamentadas destes livros, os quais
embora possuam um texto - de uma maneira geral - muito semelhante (quando não,
igual), sempre trazem notas que os distinguem uns dos outros. Tais
particularidades tornam cada exemplar único e podem se dar em função da editora
responsável por sua impressão, pelo período em que foi impresso (encontram-se
no acervo exemplares desde meados do XIX até fins do XX) ou mesmo pelas
anotações e adendos realizados pelos seus usuários ao longo dos anos. Cabe
lembrar, que poucas eram as editoras reconhecidamente aptas para a tarefa,
visto que o zelo e a retidão para com a liturgia eram necessários e muito
valorizados pela Igreja.
É
possível notar, por exemplo, a forma com que o mercado editorial responsável
pelas impressões e veiculação dos exemplares estava atento às necessidades
práticas de seu público consumidor. Isso se reflete na redução da fonte
utilizada (ora maior, considerando a preservação da vista do leitor, que
poderia estar fazendo uso de velas, por exemplo), na redução física dos volumes
e mesmo na publicação particionada. Exemplo do último caso, são os livros
específicos para a celebração da “Missa dos Mortos”, do latim “Missae pro Defunctis” ou “Missae Defunctorum”, que poderiam ser
facilmente carregados para onde fossem necessários sem o transtorno que poderia
ser gerado pelo peso de um Missal Romano tradicional.
*Veja
também o texto do colega Fernando Roque.
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