terça-feira, 31 de julho de 2018

Visitas aos Espaços de Memória do Instituto Anchietano em 2018

O Instituto Anchietano de Pesquisas tem dois espaços explícitos de Memória. O da Memória Jesuítica, no saguão da biblioteca da UNISINOS exibe materiais provenientes da atuação religiosa dos sacerdotes e irmãos da ordem no sul do Brasil, com os guaranis das reduções e com os imigrantes de origem europeia. O da Memória Indígena, numa sala da galeria B05, mostra objetos significativos de pesquisa arqueológica e de atividades missionárias no Mato Grosso.

A clientela básica são alunos das escolas da região, atendidos após agendamento e acompanhados por monitores, e os frequentadores da casa, quando os espaços estão abertos, em determinados horários durante a semana.

Os alunos das escolas sempre visitam os dois espaços.       

Só o espaço de Memória Sacra fica aberto em determinados horários da semana.

Além da divulgação presencial o projeto de 2018 é disponibilizar on-line o grande acervo da Memória Sacra, que reúne móveis, estátuas, vestes, livros, cálices, ostensórios, relíquias, cruzes e outros objetos ligados ao culto religioso.

Alunos no espaço Memória Sacra
Alunos no espaço Memória Sacra
Alunos no espaço Memória Indígena, com acompanhamento de bolsista do IAP
Alunos no espaço Memória Indígena, com acompanhamento de bolsista do IAP
Alunos no espaço Memória Indígena
Alunos no espaço Memória Indígena

Fotos: acervo IAP

Resumo da visitação nos Espaços de Memória do IAP em 2018.

Visitantes
Março
Abril
Maio
Junho
Estudantes do Ensino Fundamental
-
257
152
228
Estudantes do Ensino Médio
-
146
102
104
EJA
-
30
-
-
Universitários
22
3
-
4
Visita pública
44
48
46
38
Total
66
484
300
374

Agendamento: com Ivone Verardi, secretária, pelo anchietano@unisinos.br. ou tel. (51) 35908409.

Coordenação das visitas: Denise Maria Schnorr

Monitores: Jandir Damo, Márcio de Mattos Rodrigues e Ranieri Hirsch Rathke

Você não conhece ou quer ver de novo nossos locais de memória, agende sua visita, ou, melhor, venha num horário em que o espaço Memória Sacra está aberto.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Plantas Medicinais no Instituto Anchietano de Pesquisas em 2018


Bióloga Denise Maria Schnorr

A Unisinos tem longa tradição de manejo e divulgação de plantas medicinais. Em 1992 Pe. Clemente José Steffen iniciou o movimento das plantas medicinais Mantinha grande jardim didático onde cultivava centenas de plantas medicinais. A identificação botânica, os usos e preparos tradicionais eram divulgados através de oficinas, folders e artigos populares em jornais.

Na década de 1990, fui estagiária, bolsista e, por fim, funcionária do então Laboratório de Plantas Medicinais do Centro de Ciências da Saúde. Após o falecimento do Pe. Clemente, em 2003, terminado o projeto, iniciei nova fase no Instituto Anchietano de Pesquisas, ondei passei a trabalhar divulgando em diferentes profissões e grupos sociais a importância das plantas medicinais, aromáticas, condimentares e comestíveis não convencionais.

Hoje quero compartilhar com Vocês as atividades que, este ano, desenvolvi com grupos de instituições,

Instituto Humanitas, Unisinos, São Leopoldo

14/3: Oficina Identificação e Usos de Plantas Medicinais Tradicionais.


Foto: Lucas Schardong/Instituto Humanitas – Unisinos
A aula foi ministrada pela bióloga Denise Schnorr, do Instituto Anchietano de Pesquisas da UNISINOS, na horta do prédio do curso de Gastronomia.



11/4: Oficina de Preparo de Plantas Alimentícias Subutilizadas em parceria com aluna do curso de Gastronomia.

Foto: Thais Ramirez/Instituto Humanitas – Unisinos
A oficina foi realizada pela bióloga Denise Schnorr e ministrada pela estudante de Gastronomia Marcia Ávila.


9/5: Oficina Identificação e Usos de Plantas Medicinais Tradicionais
13/6: Oficina de preparo de plantas alimentícias subutilizadas em parceria com aluna do curso de Gastronomia.

Curso de Gastronomia, Unisinos

14/5 19:30 às 22:00 CURSO DE GASTRONOMIA/SÃO LEOPOLDO
Palestra: Plantas Medicinais, aromáticas e comestíveis não convencionais/subutilizadas.

15/5 9:00 às 11:00 CURSO DE GASTRONOMIA/PORTO ALEGRE
Palestra: Plantas Medicinais, aromáticas e comestíveis não convencionais/subutilizadas.

Secretaria do Meio Ambiente do município de Esteio/RS

22/5 Palestra: Plantas Medicinais: Identificação e Usos de Plantas Medicinais Tradicionais.

Fotos: Jean Monteiro

Curso de Nutrição graduação/Unisinos, São Leopoldo

07/06 Palestra: Plantas Medicinais e Fitoterápicos Aplicados à Nutricionistas.

Pró-Maior/CCIAS-Unisinos São Leopoldo

Nos meses de março, abril, maio e junho, nas sextas-feiras á tarde oficinas de plantas medicinais e meio ambiente.

Foto: acervo Instituto Anchietano de Pesquisas/Unisinos

Grupo Plantas Medicinais – Pró-Maior/CCIAS - Unisinos


Foto: acervo Instituto Anchietano de Pesquisas/Unisinos

Canteiro de cultivo de plantas medicinais do Pró-Maior. Algumas das espécies cultivadas:  tansagem (Plantago major), capuchinha (Tropaeolum majus), melissa (Melissa officinalis).

quinta-feira, 5 de julho de 2018

A Redução Nossa Senhora de Candelária do Caaçapamini

Hoje o blog apresenta a história de uma das primeiras reduções feitas no Rio Grande do Sul pelos jesuítas. Fundada em 1627, a redução foi transferida para a Argentina em 1637 para escapar da destruição pelas bandeiras paulistas, que já haviam destruído várias e levado como escravos os seus moradores.

Uma imagem fantasiosa do que teria sido o começo da redução. (Machado, 1999).

Em 1970 P.I. Schmitz e companheiros visitaram o lugar, fizeram fotografias e medições e também recolheram 1760 fragmentos de cerâmica, telhas, tijoletas, barro de paredes, metal e louça. Os dados da plotagem vêm do trabalho de campo de Schmitz e equipe e da dissertação de mestrado de Neli G. Machado ‘A Redução de Nossa Senhora da Candelária do Caaçapamini (1627-1636)’ Unisinos, 1999, depois publicada pela UFSM.

Um croqui do que aparecia na superfície no meio da lavoura de soja. (Schmitz)

A redução estava localizada no Rincão dos Melos, a 2 Km da agora sede do município de Rolador, sobre colinas onduladas, cortadas por arroios, num mosaico de matos e campos da bacia do rio Ijui. Foi criada, em 1627, com índios guaranis, pelo P. Roque Gonzalez de Santa Cruz e P. Pedro Romero.

Ela cresceu rapidamente: já em fevereiro de 1628 foram batizados 694 índios, em 1632 contava quase 700 famílias (3.000 indivíduos) e foram batizadas mais 96 crianças e 647 adultos. Inicialmente construída com troncos e palha, depois de grande incêndio, em setembro de 1633, as casas receberam paredes de taipa (armação de taquara preenchida com barro) e foram cobertas com telhas.

A visão de 1970: telhas e cacos de cerâmica. (Schmitz).
A paisagem. No fundo o (então) povoado de Rolador. (Schmitz).


Em abril de 1637, Jerônimo Bueno e outros bandeirantes paulistas ameaçaram Candelária e as reduções vizinhas; os moradores, antes de fugir destruíram suas casas, e se mudaram para o lado argentino do rio Uruguai, onde Candelária se tornou o centro das reduções de toda a Província Jesuítica do Paraguai.

Cerâmica de servir e de cozinhar, do acervo. (Schmitz).

O paneleiro da missão. (Machado, 1999).
Lajotas, telha, lápide, cachimbo e prego, do acervo. (Schmitz).
A lápide funerária de um missionário, do acervo. (Schmitz).

Você pode ver o material e as figuras na sala de Memória Sacra da UNISINOS.