Hoje o blog apresenta a
história de uma das primeiras reduções feitas no Rio Grande do Sul pelos
jesuítas. Fundada em 1627, a redução foi transferida para a Argentina em 1637
para escapar da destruição pelas bandeiras paulistas, que já haviam destruído
várias e levado como escravos os seus moradores.
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Uma imagem fantasiosa do que
teria sido o começo da redução. (Machado,
1999). |
Em 1970 P.I. Schmitz e companheiros
visitaram o lugar, fizeram fotografias e medições e também recolheram 1760
fragmentos de cerâmica, telhas, tijoletas, barro de paredes, metal e louça. Os
dados da plotagem vêm do trabalho de campo de Schmitz e equipe e da dissertação
de mestrado de Neli G. Machado ‘A Redução de Nossa Senhora da Candelária do
Caaçapamini (1627-1636)’ Unisinos, 1999, depois publicada pela UFSM.
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Um croqui do que aparecia na
superfície no meio da lavoura de soja. (Schmitz) |
A redução estava localizada no Rincão
dos Melos, a 2 Km da agora sede do município de Rolador, sobre colinas
onduladas, cortadas por arroios, num mosaico de matos e campos da bacia do rio
Ijui. Foi criada, em 1627, com índios guaranis, pelo P. Roque Gonzalez de Santa
Cruz e P. Pedro Romero.
Ela cresceu rapidamente: já em fevereiro
de 1628 foram batizados 694 índios, em 1632 contava quase 700 famílias (3.000 indivíduos)
e foram batizadas mais 96 crianças e 647 adultos. Inicialmente construída com
troncos e palha, depois de grande incêndio, em setembro de 1633, as casas
receberam paredes de taipa (armação de taquara preenchida com barro) e foram
cobertas com telhas.
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A visão de 1970: telhas e cacos de cerâmica. (Schmitz). |
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A paisagem. No fundo o (então) povoado de
Rolador. (Schmitz). |
Em abril de 1637, Jerônimo Bueno e outros
bandeirantes paulistas ameaçaram Candelária e as reduções vizinhas; os
moradores, antes de fugir destruíram suas casas, e se mudaram para o lado
argentino do rio Uruguai, onde Candelária se tornou o centro das reduções de
toda a Província Jesuítica do Paraguai.
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Cerâmica de servir e de cozinhar, do acervo. (Schmitz). |
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O paneleiro da missão. (Machado, 1999). |
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Lajotas, telha, lápide, cachimbo e prego, do acervo. (Schmitz). |
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A lápide funerária de um missionário, do acervo.
(Schmitz). |
Você pode ver o material e as figuras na sala de
Memória Sacra da UNISINOS.
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