sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
A IMACULADA NO MUSEU CAPELA
A
denominação: O título de
Imaculada Conceição para Maria corresponde à declaração da Igreja Católica de
que ela, em previsão de se tornar a mãe de Jesus, Filho de Deus, desde a sua
conceição esteve livre de pecado, inclusive do pecado original no qual nascem
todos os humanos.
A
veneração: Dia 8 de dezembro é a
festa de Maria sob a denominação de Imaculada Conceição, de Imaculada, ou
simplesmente de Conceição. Ela é titular de muitas igrejas e santuários,
inclusive do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Inúmeras
mulheres levam o nome de Maria da Conceição ou simplesmente Conceição.
A forma de
representação: Sob esta
denominação Maria costuma ser apresentada vestida com uma túnica branca, um
cinto e um manto azul, em atitude de oração com as mãos juntos ou os braços
abertos. Ela está parada no globo sobre o qual está uma serpente, ou um dragão
com uma maçã na boca, cuja cabeça ela esmaga; ela usa uma coroa de doze estrelas.
Em algumas representações ela ainda tem uma grande lua (nova) sob os pés.
A simbologia: A serpente com a maçã lembra a transgressão de
Eva no Paraíso, início de todo pecado. Maria esmaga a cabeça da serpente
indicando que está livre do pecado original. O dragão, a lua e a coroa de doze
estrelas são de João no Apocalipse (cap. 12) descrevendo o dragão vermelho (demônio)
querendo devorar o menino Jesus que Maria estava para dar à luz. O Menino foi
levado para junto de Deus e Maria encontrou um lugar seguro. O dragão vermelho,
com seus anjos, foi expulso para a terra. ‘Apareceu no céu um grande sinal: uma
mulher vestida de sol, com a lua debaixo de seus pés e uma coroa de doze
estrelas sobre a sua cabeça...’
terça-feira, 8 de novembro de 2016
O Missal Romano em nosso Museu Capela
O
Instituto Anchietano de Pesquisas reuniu centenas de livros usados na liturgia
católica, que está organizando e classificando para tornar o acervo disponível
on-line. São principalmente guias para a administração dos Sacramentos
(Rituais) e para a celebração da Eucaristia (Missais). Hoje mostramos um desses
Missais guardados no Museu Capela do Instituto Anchietano de
Pesquisas/UNISINOS.
Missal
Romano, encadernação em couro, cantoneiras e imagem central em prata, usado em dias
de festa.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
São Miguel
Anjos
são mensageiros de Deus para com os homens. Os três maiores anjos são chamados
arcanjos porque desempenharam tarefas mais importantes.
Rafael é chamado o Curador, porque curou a
cegueira do justo Tobias.
Gabriel
anunciou a Maria a encarnação de seu filho Jesus e também anunciou a geração de
João Batista, filho do sacerdote Ananias e de sua esposa Izabel.
Miguel
está ligado à opção dos anjos uns a favor e outros contra Deus. Miguel chefia
os que estão a favor e Lúcifer os que se opõem a Deus. Seu grito de guerra:
“Quem como Deus!”
E houve batalha no céu; Miguel e os
seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e seus anjos; Mas
não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana todo o
mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. (Apocalipse
de João 12:7-9)
Na
estatuária missioneira São Miguel é representado com vestes de soldado romano,
tendo numa das mãos uma balança de dois pratos e na outra mão uma lança
apontada para Lúcifer esmagado a seus pés.
A
primeira escultura, na qual desapareceram, com o tempo, o corpo de Lúcifer, a
lança e a balança, é de um barroco mais acentuado e se destaca a beleza do
rosto do Arcanjo.
A
segunda escultura, mais completa, tem o caráter de anjos mais destacado
aparecendo asas tanto em Miguel como em Lúcifer.
A
terceira escultura, mais simples, de vestir, certamente feita por um índio, só
apresenta as características essenciais de Miguel: Lúcifer esmagado a seus pés.
São
Miguel era o patrono da Redução de São Miguel, a capital dos Sete Povos. O
diabo aos pés de São Miguel é, muitas
vezes, interpretado como o bandeirante paulista, que destruiu grande número de
missões.
Texto de Pedro Ignácio Schmitz
Imagens de Márcio de Mattos Rodrigues
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Homenagem a André Luiz Jacobus
André Luiz Jacobus
12 de setembro de
1957, Taquara, RS a 05 de setembro de 2016, Sapiranga, RS.
|
Graduado
em Ciências Biológicas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNSINOS) em
1983, Mestre em História pela PUCRS em 1996, iniciou o doutorado no MAE da USP
em 1997, sem poder concluí-lo em consequência de um acidente e da doença que o
acompanhou durante longos anos de sua vida. A tese, intitulada “Caçadores-coletores
na Mata Atlântica: um estudo de caso na região hidrográfica da Bacia do Lago
Guaíba e Planície Litorânea adjacente (RS)” era o assunto de sua vida e sobre o
qual mais escreveu. O memorial que acompanhava seu exame de qualificação para o
doutorado, em 2000, possui 154 páginas e representa a síntese de suas pesquisas
em Zooarqueologia de grupos caçadores-coletores.
André
Luiz trabalhou muitos anos em projetos arqueológicos do Instituto Anchietano de
Pesquisas/UNISINOS, onde fundou o Gabinete de Zooarqueologia. Ele se tornou um
dos mais ativos pesquisadores neste ramo da Arqueologia e um de seus pioneiros
no Brasil.
André Luiz trabalhou 32 anos no MARSJL, em
Taquara, como funcionário do Estado do RS, no cargo de Técnico em Assuntos Culturais. Foi seu curador e chegou a ser
diretor por curtos períodos, de 1991 a 1994 e de 1998 a 1999. A partir de 1994,
desenvolveu, junto a este Museu, o Projeto PASAP (Projeto Arqueológico Santo
Antônio da Patrulha).
Muito
doente, aposentou-se em novembro de 2009. Depois de alguma recuperação, voltou a
colaborar, como voluntário, com o Instituto Anchietano de Pesquisas e a prestar
alguma assessoria em arqueologia de contrato.
André
Luiz era pesquisador sério, defensor do patrimônio cultural e grande divulgador
do mesmo. Era assíduo frequentador de congressos e reuniões de Arqueologia. Suas
principais publicações encontram-se na Revista do CEPA, da UNISC, Santa Cruz do
Sul, RS e em Anais.
André
Luiz era bom companheiro. Sua prematura partida deixa uma grande lacuna.
Texto produzido por Pedro Ignácio Schmitz
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Balduíno Rambo
No
dia 12 de setembro se completaram 55 anos da morte do Pe. Balduíno Rambo.
Falar
de Rambo é emocionante, conhecer, conservar e preservar suas obras e coleção é
um privilégio.
Balduíno
Rambo era dotado de uma inteligência ímpar, com grande sensibilidade,
disciplina e retilínea execução de seus projetos. Sua formação era em Humanidades,
Filosofia e Teologia, mas tinha amplo interesse pela Ciência, o que lhe
proporcionou subsídios para inúmeras atividades multidisciplinares, sempre sustentadas
por extraordinária vivência espiritual.
Rambo,
fundou o Herbarium Anchieta, no Colégio Anchieta, Porto Alegre de onde vem sua
sigla (PACA = Porto Alegre Colégio Anchieta), em 1932. Em 1956, junto com um
grupo de pesquisadores jesuítas fundou o Instituto Anchietano de Pesquisas que,
atualmente, se encontra no Campus da UNISINOS, em São Leopoldo.
O
Herbário, no momento de sua morte, aos 56 anos de idade, contava 65.000
exemplares, representando quase todas as espécies vegetais do Rio Grande do Sul
conhecidas naquela época, e tudo perfeitamente classificado e devidamente
fichado. Ele era o coletor, o preparador e o curador e, por isso, conhecia quase
todas as plantas do estado e suas associações. A cada três meses ele revisava
planta por planta, para os cuidados necessários de conservação. Para domínio de
toda esta obra gigantesca, Pe. Rambo tinha uma pontualidade e organização que
deixava a todos admirados.
Suas
publicações botânicas começaram em 1932, juntamente com a fundação do Herbário.
Até sua morte ele tinha publicado 40 trabalhos em diversas revistas científicas
e. ainda deixou prontos 14 manuscritos, referentes a outras famílias do seu
herbário. Para publicar todo o acervo ele calculava precisar mais 20 anos.
Uma
das obras mais importantes de Rambo é a “Fisionomia do Rio Grande do Sul”, um
tratado geral sobre a fisionomia do estado, que compreende os apontamentos e
observações de dezenas de milhares de quilômetros viajados, de avião ou por
terra. A obra é tão vasta e abrangente que um dia alguém achou impossível que
um único homem tivesse feito todas estas observações.
Sua
coleção está aos cuidados do Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, junto
com a de outros colegas. A coleção que hoje soma 140.000 exemplares está toda
acessível on line.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Homenagem ao Padre Clemente José Steffen SJ
Padre
Clemente José Steffen S.J. era sacerdote jesuíta. Nasceu em Santo
Cristo, RS, em 14.09.1925 e faleceu em São Leopoldo, RS, em 14.04.2003.
Era Bacharel
em História Natural e especialista em Fisiologia Vegetal e Ecologia.
Como
professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, dedicou sua vida aos
alunos, aos colegas e à manutenção da ecologia do Campus Universitário.
Desde
1992 interessou-se pelas plantas medicinais: plantou-as num grande jardim,
criou uma coleção de herbário, reuniu suas sementes e deu princípio a uma
Farmácia Viva.
A
partir de 2010 o Instituto Anchietano de Pesquisas se envolveu na continuidade
do Projeto Plantas Medicinais.
Publicação:
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Santo Inácio de Loyola - Estátuas Missionerias
No dia 31, de
julho de 2016, foram comemorados os 47 anos da Unisinos como universidade. Foi
neste dia que lembramos, também, os 460 anos da morte, em Roma, na Itália, com
sessenta e cinco anos de idade, de Santo Inácio de Loyola, instituindo-se, a partir
desta data, o dia de Santo Inácio.
Nascido em 31
de maio de 1491, na localidade de Loyola, no atual município de Azpeitía, a
vinte quilômetros de São Sebastião, no país basco. Filho de Dom Beltrán Yáñez de Loyola e Dona
Marina Sáenz (ou Sánchez), era o mais novo dos treze irmãos, recebeu o nome de Iñigo
López. De família cristã, pertencente à nobreza, foi educado para se tornar um
perfeito fidalgo. Cresceu apreciando o luxo da corte, tornando-se, inclusive,
um ótimo cavaleiro.
Com 26 anos de
idade foi ferido durante a defesa da cidade de Pamplona e ficou um longo
período em convalescença, quando trocou as leituras dos romances de guerra por
livros sobre a vida de santos e a Paixão de Cristo. Curado, mudou a vida de cortesão
para uma de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa
Senhora de Monserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da
Corte e das pompas. A partir desse momento passou a se chamado de Inácio. Viveu
como eremita num lugar isolado, passando as mais duras necessidades. A partir
de suas experiências nesse lugar escreveu o seu livro mais importante: “Os Exercícios
Espirituais”.
Em 1528
mudou-se para a Sorbone de Paris, onde estudou Filosofia e Teologia. No ano de
1534, com seis companheiros, fundou a Companhia de Jesus. Nasciam, assim, os
missionários jesuítas que se espalharam pelo mundo levando o Evangelho para os
povos mais longínquos do planeta, inclusive para a América do Sul. Foi em 1540
que o Papa Paulo II aprovou a Companhia de Jesus, que então se compunha de
poucos membros. Seu lema era “tudo para a maior glória de Deus”. De servidor de
um rei terreno tornou-se líder de uma legião a serviço do Papa.
É comum, hoje
em dia, encontrarmos instituições educacionais como colégios e universidades
com o nome deste santo. Então poderíamos nos perguntar: qual a herança que ele
nos deixou no campo educacional? Sabemos que a Companhia de Jesus é, por
vontade do seu fundador, uma Ordem educadora da juventude, por intermédio de
escolas, colégios e universidades.
Outras
instituições educadoras dos jesuíticas são os museus. Museu é uma instituição
onde se guarda organizada e belamente a memória dos ancestrais para gozo e
aproveitamento dos descendentes; ele conta sua história. O Museu Capela,
localizado junto ao saguão da Biblioteca da Unisinos, abriga a memória dos missionários
jesuítas com os índios guarani e com os imigrantes europeus do sul do Brasil.
Além de uma riquíssima coleção de vestes e objetos sacros das paróquias, dos
colégios e dos seminários atendidos pelos jesuítas, ela exibe uma preciosa coleção
de 12 esculturas, restauradas, provenientes dos Sete Povos das Missões, do
século XVII e XVIII.
Estátua 1: Santo Inácio de Loyola |
Estátua 2: Santo Inácio de Loyola |
Entre elas se
destacam as duas grandes esculturas de Santo Inácio reproduzidas nas fotos: uma
é Santo Inácio místico em vestes litúrgicas, a outra Santo Inácio real, com
vestes de trabalho e fisionomia autêntica, da máscara mortuária.
Estátua 1: detalhe do rosto, feito a partir da máscara mortuária |
Estátua 2: detalhe do rosto |
Texto produzido por Jandir Damo
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Mostra de Iniciação Científica - UNISINOS
A Universidade do Vale do Rio dos Sinos tem
como tradição realizar, uma vez ao ano, a Mostra de Iniciação Científica, cuja
finalidade é proporcionar um espaço de trocas de experiências entre os
estudantes em incursão científica. Assim,
todos os anos essa mostra reúne alunos pesquisadores de diferentes áreas do
conhecimento, os quais são avaliados por banca examinadora. Aqueles
estudantes universitários que se interessam por Arqueologia podem adquirir, conforme
disponibilidade, bolsas de Iniciação Científica junto ao IAP, onde são
orientados pelo Prof. Dr. Pedro Ignácio Schmitz ou pelo Prof. Dr. Jairo Rogge.
Durante a última mostra, dois bolsistas de IC
do IAP apresentaram os resultados inicias de suas pesquisas arqueológicas,
sendo eles Jefferson Nunes e Ranieri Rathke, ambos do curso de História.
Jefferson está há dois anos desenvolvendo
pesquisas junto ao IAP. Este ano, sob orientação do Dr. Schmitz, ele apresentou
o trabalho “O Guarani no Alto Vale do Rio dos Sinos”, o qual está vinculado ao
projeto A Ocupação Guarani do Vale do Rio dos Sinos. O enfoque da pesquisa
esteve no sítio arqueológico Monte Serrat 1 e 2, caraterístico da ocupação
Guarani da região. Para ele:
“Apresentar na
MIC é sempre uma grande experiência, já que nos permite estar em maior contato
com nossos pares, mostrar nosso trabalho e aprender com a pesquisa dos colegas.
É uma possibilidade de grande importância inclusive para desenvolver a
oratória, pois melhora o desempenho nas apresentações acadêmicas. Certamente me
tornarei um acadêmico melhor a cada apresentação do tipo que tiver a
oportunidade de participar”.
Mapa da localização do sítio arqueológico estudado por Jefferson. |
Área do sítio arqueológico analisado por Ranieri |
Desenho das bordas cerâmicas analisadas por Ranieri |
quarta-feira, 15 de junho de 2016
O cálice de Augusto Servanzi
Dentre
os inúmeros objetos litúrgicos encontrados no Museu Capela da Unisinos, um me
chamou a atenção entre os demais. Um pequeno cálice metálico, desgastado pelo
tempo, mas com uma enorme importância histórica. Ao examiná-lo, encontramos
gravado em sua base (em latim) a seguinte descrição:
“Leão XIII, Pontífice Máximo, a
26.10.1878 recebeu com vulto benigno a Augusto Servanzi S.J., que estava
começando sua viagem ao Brasil, e lhe deu de presente o altar (provavelmente o
altar portátil que incluiria o cálice) que fora presenteado ao Papa Pio IX a 21
de maio de 1877, dia do seu jubileu áureo de dignidade episcopal. A.A.S.J.”
Conforme registro encontrado no livro
de Inácio Spohr, “Memória dos 665 Jesuítas da Província do Brasil Meridional –
Novembro de 1867 – Novembro de 2011”, Padre Augusto Servanzi nasceu em San
Severino, Macerata, Itália, em 20 de agosto de 1840. Em 1865 já era sacerdote
quando decidiu ingressar na Companhia de Jesus. Em 1871 foi enviado para a
Missão no Brasil Central, onde foi professor e prefeito no Colégio de Recife,
Pernambuco, de 1872 a 1874. Em seguida, assumiu os mesmos cargos no Colégio São
Luis de Itu, no estado de São Paulo, no período de 1875 a 1877. Mais tarde,
dirige-se ao Sul do Brasil, assumindo as funções de superior, ecônomo e
missionário no Colégio Sagrado Coração de Jesus, na Ilha do Desterro, hoje,
Florianópolis, Santa Catarina, de 1877 a 1879.
Padre Augusto foi responsável direto
pelo encaminhamento
religioso de Amabile Lucia
Visintainer, que anos mais tarde viria a ser conhecida como Irmã Paulina (agora
Santa Paulina). Servanzi ainda deu missão em Lages, Santa Catarina e, em abril de 1888, partiu para
Goiás, percorrendo mais de 3.000 km a cavalo, para chegar aos índios Apinagé
com os quais trabalhou por alguns anos até ser designado para o estado de
Pernambuco, onde faleceu em 22 de maio de 1891, aos 50 anos de idade, sendo 25
destes dedicados ao sacerdócio.
Nesse pequeno relato, sem aprofundar-me em
maiores detalhes históricos, quero exemplificar quanta informação pode carregar
um simples objeto, muitas vezes abandonado em condições impróprias. Um cálice,
que pertenceu a dois Papas, cruzou o Atlântico nas mãos de um padre que
percorreu o Brasil e teve um papel
importante no caminho de uma religiosa que se tornou santa. O objetivo do Museu
Capela da Unisinos é justamente recuperar e preservar a memória da história
jesuíta, parte integrante da história dos colonizadores a partir do século XIX.
O museu recebe frequentemente visitas de
escolas e é emocionante ver o olhar das crianças perante os objetos expostos.
Sempre acompanhados por monitores que os orientam, os estudantes têm a
fantástica experiência do contato material com a História. Muitas vezes, essas visitas são acompanhadas
pelo Padre Pedro Ignácio Schmitz, que sempre emocionado, conta
a história do “Lixo que virou Luxo”, fazendo alusão aos objetos que estavam
abandonados e finalmente receberam um lugar de destaque.
O Museu Capela Unisinos é um local
para ser visitado sem pressa. Apesar de pequeno em espaço, oferece aos
visitantes objetos ricos em detalhes que trazem consigo o valor histórico e
religioso de nosso povo.
Texto produzido por Márcio de Mattos Rodrigues, aluno do curso de História da UNISINOS.
Texto produzido por Márcio de Mattos Rodrigues, aluno do curso de História da UNISINOS.
Referências:
Memória dos 665 Jesuítas da Província
do Brasil Meridional – Novembro de 1867 – Novembro de 2011 – Padre Inácio
Spohr, SJ. – Editora Padre Reus
Paróquia São Sebastião – Diocese de
São Carlos - SP
Família Madre Paulina Brasília – História de
Santa Paulina
Madre
Paulina, a coloninha – Fidélis Dalcin Barbosa – Edições Loyola – 11 edição.
2005
Ser
para os outros – Perfil biográfico de Madre Paulina do Coração Agonizante de
Jesus – Amabile Visintainer – 1865 -1942 – Célia B. Cadorin - Edições Loyola. 2
edição. 2002
quarta-feira, 27 de abril de 2016
60 anos de Instituto Anchietano de Pesquisas
Fundado em 22 de abril de 1956, o Instituto
Anchietano de Pesquisa (IAP) completa 60 anos. No seu início, tinha o objetivo
de congregar jesuítas da província meridional da Ordem que, nos colégios e na
missão de Diamantino, no estado do Mato Grosso, realizavam pesquisas
científicas em campos da Química, da História Natural, da Antropologia, da
Arqueologia e da História. Nesse tempo, o intuito do instituto também era o de facilitar
a publicação dos seus trabalhos, de manter e divulgar os acervos por eles
reunidos e garantir a continuidade de seus projetos.
Com o surgimento da UNISINOS vários desses
campos passaram para a universidade. Nos dias de hoje, o IAP se dedica à
realização de pesquisas arqueológicas, biológicas, botânicas e a publicação dos
resultados de seus trabalhos no periódico Pesquisas. Mantém o herbário com
140.000 exemplares, totalmente online, que desde 2014 até hoje teve seis
milhões e trezentos mil acessos. Desenvolve atividades com plantas medicinais. A
equipe de arqueologia realiza pesquisas em grande parte do território
brasileiro. Criou um Museu Capela e um Museu Arqueológico abertos ao público e
às escolas da área.
Com o intuito de comemorar nossos 60 anos de
atividade, esperamos realizar ao longo do ano novas postagens sobre a história
do Instituto e suas funções, ressaltando a sua importância enquanto lugar de produção
e divulgação de conhecimento.
Você pode agendar uma visitação guiada aos
museus do IAP através do nosso endereço eletrônico anchietano@unisinos.br. Também é possível apreciar um pouco mais dos
trabalhos do IAP através do site: http://www.anchietano.unisinos.br/.
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