segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Santo Inácio de Loyola - Estátuas Missionerias

No dia 31, de julho de 2016, foram comemorados os 47 anos da Unisinos como universidade. Foi neste dia que lembramos, também, os 460 anos da morte, em Roma, na Itália, com sessenta e cinco anos de idade, de Santo Inácio de Loyola, instituindo-se, a partir desta data, o dia de Santo Inácio.
Nascido em 31 de maio de 1491, na localidade de Loyola, no atual município de Azpeitía, a vinte quilômetros de São Sebastião, no país basco.  Filho de Dom Beltrán Yáñez de Loyola e Dona Marina Sáenz (ou Sánchez), era o mais novo dos treze irmãos, recebeu o nome de Iñigo López. De família cristã, pertencente à nobreza, foi educado para se tornar um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando o luxo da corte, tornando-se, inclusive, um ótimo cavaleiro.
Com 26 anos de idade foi ferido durante a defesa da cidade de Pamplona e ficou um longo período em convalescença, quando trocou as leituras dos romances de guerra por livros sobre a vida de santos e a Paixão de Cristo. Curado, mudou a vida de cortesão para uma de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Monserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da Corte e das pompas. A partir desse momento passou a se chamado de Inácio. Viveu como eremita num lugar isolado, passando as mais duras necessidades. A partir de suas experiências nesse lugar escreveu o seu livro mais importante: “Os Exercícios Espirituais”.
Em 1528 mudou-se para a Sorbone de Paris, onde estudou Filosofia e Teologia. No ano de 1534, com seis companheiros, fundou a Companhia de Jesus. Nasciam, assim, os missionários jesuítas que se espalharam pelo mundo levando o Evangelho para os povos mais longínquos do planeta, inclusive para a América do Sul. Foi em 1540 que o Papa Paulo II aprovou a Companhia de Jesus, que então se compunha de poucos membros. Seu lema era “tudo para a maior glória de Deus”. De servidor de um rei terreno tornou-se líder de uma legião a serviço do Papa.
É comum, hoje em dia, encontrarmos instituições educacionais como colégios e universidades com o nome deste santo. Então poderíamos nos perguntar: qual a herança que ele nos deixou no campo educacional? Sabemos que a Companhia de Jesus é, por vontade do seu fundador, uma Ordem educadora da juventude, por intermédio de escolas, colégios e universidades.
Outras instituições educadoras dos jesuíticas são os museus. Museu é uma instituição onde se guarda organizada e belamente a memória dos ancestrais para gozo e aproveitamento dos descendentes; ele conta sua história. O Museu Capela, localizado junto ao saguão da Biblioteca da Unisinos, abriga a memória dos missionários jesuítas com os índios guarani e com os imigrantes europeus do sul do Brasil. Além de uma riquíssima coleção de vestes e objetos sacros das paróquias, dos colégios e dos seminários atendidos pelos jesuítas, ela exibe uma preciosa coleção de 12 esculturas, restauradas, provenientes dos Sete Povos das Missões, do século XVII e XVIII.

Estátua 1: Santo Inácio de Loyola 

Estátua 2: Santo Inácio de Loyola
Entre elas se destacam as duas grandes esculturas de Santo Inácio reproduzidas nas fotos: uma é Santo Inácio místico em vestes litúrgicas, a outra Santo Inácio real, com vestes de trabalho e fisionomia autêntica, da máscara mortuária.
Estátua 1: detalhe do rosto, feito a partir da máscara mortuária

Estátua 2: detalhe do rosto

Uma boa dica para quem quer aprofundar o conhecimento sobre a vida de Santo Inácio é ler o livro escrito por Reinholdo Aloysio Ulmann, coordenado pelo padre jesuíta 

Texto produzido por Jandir Damo