quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

NATAL É O ANIVERSÁRIO DE JESUS!


Todos os anos, no dia 25 de dezembro, comemoramos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus, que assumiu nossa natureza e veio morar conosco. Nasceu como criança e quis partilhar conosco a rotina, os sofrimentos e desacertos, mas também as alegrias de todos os dias. No dia 25 de dezembro, segundo antiga tradição, o comemoramos como criança, que traz alegria e paz, como anunciaram os anjos aos pastores, que apascentavam ovelhas nos campos de Belém.

As imagens mostram o pastor de um presépio esculpido numa redução de índios guaranis da província jesuítica do Paraguai, trezentos anos atrás, que se encontra na sala de Memória Sacra do Instituto Anchietano de Pesquisas, no saguão da biblioteca da UNISINOS. 


As expressões do rosto do pastor, nas três poses em que o apresentamos, mostram a determinação, o espanto e a admiração ao ver o menino recém-nascido deitado no cocho em que ele alimentava os animais do seu rebanho. Entretanto, os anjos tinham cantado que naquele abrigo de animais, naquela noite fria do começo do inverno havia muito mais do que os sentidos podiam perceber. Ali estava o Filho de Deus, nascido como criança para salvar a Humanidade.

Natal é o aniversário de Jesus. Como o pastor levou uma ovelha de presente para o menino, pensemos também qual será o nosso presente.



Texto Pedro Ignácio Schmitz
Fotos Márcio de Mattos Rodrigues.

ESTAMOS NO ADVENTO!


O Advento, para os cristãos, é um tempo de purificação para celebrar devidamente a vinda do Senhor Jesus Cristo, que veio uma vez, dois mil anos atrás, mas que vem sempre de novo para seus seguidores.

São quatro semanas de preparação para a festa do nascimento de Jesus, no dia 25 de dezembro. Em tempos passados o Advento, além das orações e rituais de hoje, vinha acompanhado de dias de jejum e de abstinência de carnes vermelhas.

Na imagem temos um tabernáculo antigo, que era da capela de Campestre, no município de Salvador do Sul. O livro aberto é um missal antigo, anterior ao Concílio Vaticano II, com orações em Latim e cantos em estilo Gregoriano. A toalha sob o missal é roxa, a cor do Advento. Os castiçais que ladeiam o tabernáculo são originários do Colégio Cristo Rei. Todos estes materiais se encontram atualmente na sala de Memória Sacra do Instituto Anchietano de Pesquisas, no saguão da biblioteca da UNISINOS, onde numerosos outros materiais semelhantes estão expostos ou guardados.

Advento é tempo de preparação para a vinda do Salvador da Humanidade, Jesus Cristo, Nosso Senhor.



Texto Pedro Ignácio Schmitz
Foto Márcio de Mattos Rodrigues

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

8 DE DEZEMBRO: FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA, MÃE DE JESUS


As imagens mostram a pequena estátua de Maria, sob o título de Imaculada, que foi doada pelo Colégio Anchieta para a sala de Memória Sacra do Instituto Anchietano de Pesquisas na UNISINOS.

A afirmação de que Maria foi concebida sem o pecado original, em previsão de que seria a mãe de Jesus, faz parte das crenças básicas da Igreja Católica. Sob este título ela é muito venerada como padroeira de igrejas, templos e instituições, e especialmente como protetora e madrinha das mulheres, que levam seu nome.

Maria, sob a veneração de Imaculada, é a padroeira da igreja matriz de São Leopoldo, era a padroeira do Seminário Central no centro da cidade e continua sendo a titular da comunidade dos Jesuítas que administram a UNISINOS.

O dia 8 de dezembro, em que Maria é lembrada como sem pecado é feriado no município de São Leopoldo.


Fotos Márcio de Mattos Rodrigues

Texto Pedro Ignácio Schmitz.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Plantas Medicinais no Instituto Anchietano de Pesquisas/Unisinos: Tansagem


Dando continuidade aos textos de plantas medicinais no blog, apresentamos hoje a

Tansagem (Plantago major L.)

Pertence à família Plantaginaceae. De acordo com Lorenzi (2002, p. 382)  trata-se de uma pequena erva bianual ou perene, ereta, acaule, de 20-30 cm de altura. Nativa da Europa e naturalizada em todo o sul do Brasil. Folhas dispostas em roseta basal, com pecíolo longo e lâmina membranacea com nervos bem destacados, de 15–25 cm de comprimento. Flores muito pequenas, dispostas em inflorescências espigadas eretas sobre aste floral de 20-30 cm de comprimento. Estas transformam-se em frutos que são facilmente colhidas raspando-se entre os dedos toda a inflorescência. Multiplica-se apenas por sementes. As espécies Plantago lanceolata L. e Plantago australis Lam. são também utilizadas na medicina popular no Brasil.

Foto 1 - Tansagem (Plantago major) cultivada no Campus da Unisinos em São Leopoldo.
Foto 2 - Canteiro de cultivo no jardim de plantas medicinais do Campus da Unisinos em São Leopoldo no ano de 2007.

Em conformidade com Agência Nacional de Vigilância Sanitária, deve-se utilizar as partes aéreas. Para o preparo do chá faz-se a decocção de 6-9g (2 a 3 colheres de sopa) em 150 ml (1 xicara de chá). Utiliza-se em bochechos e gargarejos, até 3 vezes ao dia, no tratamento de inflamações da boca e faringe. Não se deve engolir o produto após o bochecho e o gargarejo.

Informações extraídas do Anexo I do documento disponível em:


A medicina tradicional faz o registro de muitas outras utilizações.

Quer saber mais sobre a utilização da Tansagem? Acesse:


Texto e fotos: Denise Maria Schnorr

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O Altar na sala de Memória Sacra da Unisinos


Altar-mor do Antigo Seminário de São Leopoldo

O altar vem do antigo do Seminário Central de São Leopoldo. Foi feito por um irmão jesuíta em 1921. É o modelo de altar que os jesuítas implantaram em dezenas de igrejas do Sul do Brasil. Só o irmão jesuíta Egglov construiu mais de 40 destes.
Ele está armado como eram os altares antes do Concílio Vaticano II, com seus santos e com os quadros em que estavam as orações principais da missa, em latim. O sacerdote celebrava voltado para o altar, à frente do povo como o representante dos cristãos reunidos perante Deus. Hoje o sacerdote celebrante está voltado para o povo e o sentido é do sacerdote presidindo a oração dos fiéis.
Como o Seminário era dirigido pelos jesuítas, no altar estão três santos de sua congregação todos de origem espanhola.
SÃO FRANCISCO XAVIER é um dos fundadores da Companhia de Jesus. Foi representante do rei de Portugal na conquista do Oriente, Índia e o Japão. Morreu aos 43 anos, isolado em uma ilha, tentando entrar no fechado império chinês. A batina aberta na altura do peito representa o fervor de suas orações e o permanente calor nas regiões missionadas. Foi canonizado pelo Papa Gregório XV, em 12/03/1622, junto com Inácio de Loyola. É festejado como padroeiro das Missões no dia 3 de dezembro.
SANTO INÁCIO DE LOYOLA, em vestes litúrgicas em vez da tradicional batina preta da atividade cotidiana. Em suas mãos segura o livro aberto com os dizeres Ad maiorem Dei gloriam (para a maior glória de Deus). Em 15/08/1534 ele e seis companheiros fundaram a Companhia de Jesus em Paris. Ele comandou a congregação até o fim de sua vida. Foi canonizado por Gregório XV em 12/03/1622. Sua festa é celebrada dia 31 de julho.
SANTO AFONSO RODRIGUES, negociante falido e tendo perdido a família, tornou-se irmão jesuíta. É representado com chaves, porque durante 40 anos desempenhou o ofício de porteiro de Colégio nas Ilhas Baleares. Foi canonizado por Leão XIII em 15/01/1888. É o padroeiro dos irmãos jesuítas. Sua festa é celebrada dia 31 de outubro.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O Instituto Anchietano de Pesquisas está todo no Campus da UNISINOS

Em 2013 a ASAV pediu o prédio do Centro de São Leopoldo para o conjunto de suas obras sociais CCIAS. Então vieram para o Campus os gabinetes dos pesquisadores, a biblioteca, o herbário e a sala de Memória Indígena, que foram instalados na galeria B05; a sala de Memória Sacra ocupou uma grande sala ao lado da Capela Universitária no andar térreo da Biblioteca. No momento foi impossível desocupar o grande espaço do mesmo piso destinado ao Acervo Arqueológico. Este, que estava distribuído por várias salas do prédio do centro da cidade, foi reacomodado no quinto andar daquele prédio, esperando sua oportunidade.

Esta oportunidade surgiu em agosto passado quando a Reitoria liberou o espaço de 200 m2 ocupado por duas salas de aula, na galeria em que já se encontrava a maior parte do Instituto. Assim as instalações ficaram novamente unificadas, com exceção da Memória Sacra, que ocupa uma posição de destaque junto à Capela e ao Memorial Jesuítico na Biblioteca.

O Acervo Arqueológico foi reunido em mais de 50 anos de pesquisas do IAP cobrindo importante parcela do território brasileiro e as diferentes etapas de povoamento do Trópico e Subtrópico, desde os primeiros chegados até os sobreviventes de passado recente. Em termos materiais são mais de cinco mil caixas, cada uma contendo uma amostra limpa, numerada e identificada num catálogo, que permite sua rápida localização no espaço. Em termos de peças são muitas centenas de milhares, de fragmentos cerâmicos, artefatos polidos e lascados de pedra, restos de alimentação de origem animal e vegetal e esqueletos humanos. Alguns objetos sobreviveram ao incêndio do museu do antigo Seminário.

O que representam as amostras?

No Rio Grande do Sul e Santa Catarina eles representam a cultura dos primeiros caçadores do mato (tradição Umbu: 10.000 a 1.000 anos atrás), que viviam em abrigos rochosos e acampamentos a céu aberto; os pescadores e coletores de moluscos do litoral (sambaquis: 8.000 a 1.000 anos atrás); os construtores de casas subterrâneas no planalto (tradição cerâmica Taquara e tradição cerâmica Itararé: a partir de 500 anos de nossa Era), antepassados respectivamente dos índios Kaingang e Xokleng (Botocudos); os construtores de ‘cerritos’ nos campos do sul (tradição cerâmica Vieira, a partir do começo de nossa Era), antepassados de Charruas e Minuanos; e os agricultores (tradição cerâmica Guarani, no segundo milênio de nossa Era), antepassados dos guaranis das Reduções e dos Guarani-Mbyá de nossos dias.

As amostras das pesquisas no cerrado, na caatinga e no pantanal foram partilhadas com as instituições locais, a PUCG de Goiânia, a PUCPE de Recife, o Centro Universitário da UFMS em Corumbá, ficando amostras significativas em cada uma das instituições conveniadas. As amostras cobrem o primeiro povoamento por caçadores do cerrado e da caatinga em Pernambuco, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul (tradição Itaparica e tradição Serranópolis: 12.500 a 7.000 anos atrás), o primeiro povoamento do Pantanal do MS (8.400 anos atrás) e os grupos ceramistas agricultores: a tradição Pantanal desde o primeiro milênio de nossa Era, antepassados dos índios ribeirinhos do período colonial; a tradição Una, desde 3.000 anos atrás, possíveis antepassados longínquos dos índios Kaingang e Xokleng do Sul do Brasil; a tradição Aratu e a tradição Uru, no segundo milênio de nossa Era, antepassados de grandes grupos indígenas do período colonial, com descentes até o dia de hoje; e a tradição Guarani, ali menos representada que no Sul do Brasil.

O transporte do acervo da cidade para o Campus não representa o fim do trabalho. O acervo foi criado obedecendo as normas de guarda e conservação vigentes no tempo. Em 2016 surgiram novas orientações de guarda e manejo deste patrimônio nacional, que exigem da instituição alguns anos de investimento e trabalho. Mas vale a pena. 

Texto de Pedro Ignácio Schmitz.

Foto: Jairo Henrique Rogge

A ala B05 do Campus da UNISINOS em que agora estão todas as instalações do Instituto Anchietano de Pesquisas, com exceção da Memória Sacra, localizada no saguão da Biblioteca, ao lado da Capela Universitária. 

Foto: Jairo Henrique Rogge

Por causa do peso dos materiais o Acervo de Arqueologia está no piso térreo, diretamente sobre o chão. É de fácil acesso e ocupa um espaço de 200 m2

Foto: Jairo Henrique Rogge

O começo da instalação. Todo o material será transferido para caixas especiais em ambiente climatizado de acordo com as normas do CNA do IPHAN. 

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Dissertação de Mestrado interessada nos sepultamentos de antigas sociedades Tupi

           Em agosto desse ano, eu, Fabiane Rizzardo, defendi a dissertação de mestrado “Sepultamentos entre antigas populações do tronco Tupi: confrontando arqueólogos e cronistas quinhentistas”, orientada pelo Prof. Dr. Pedro Ignácio Schmitz. Conforme o título sugere, trata-se de um trabalho interessado na temática mortuária Tupi.
            A intenção de estudar os enterramentos humanos pertencentes a este tronco linguístico teve início em 2013, quando eu ainda era bolsista de Iniciação Científica do IAP e graduanda do curso de História da UNISINOS. O estudo foi sugerido pelo próprio Pof. Schmitz, a partir da sua percepção de que as deposições humanas eram citadas pelos arqueólogos com frequência, mas pouco exploradas.
 Em 2014, ao desenvolver o meu Trabalho de Conclusão de Curso, tive a oportunidade de reunir dados mortuários contidos em variadas fontes bibliográficas arqueológicas e de realizar breve reflexão sobre as minhas primeiras percepções acerca dos sepultamentos. A dissertação defendida na Unisinos recentemente, ao propor outros objetivos (a partir de enfoque teórico novo), aprofunda a temática previamente estudada no TCC. Entre as contribuições mais significativas, destaco o diálogo interdisciplinar entre Arqueologia e História, o qual viabilizou a realização de projeções etnográficas. Também destaco a intenção da dissertação de desaconselhar o uso dos dados ento-históricos (para pensar os achados arqueológicos) desacompanhados da prévia crítica aos documentos de época.
Sobre a defesa, esta aconteceu no dia 28 de agosto, às 14h, contando com a participação da Prof. Dra. Mirian Carbonera (UNOCHAPECÓ), da Prof. Dra. Maria Cristina Bohn Martins (UNISINOS), do Prof. Dr. Jairo Henrique Rogge (UNISINOS), além do orientador, Dr. Pedro Ignácio Schmitz. Abaixo, seguem algumas imagens que representam esse importante momento da minha trajetória acadêmica.



Participação da Dra, Mirian Carbonera por Webconferência

Prof. Dra. Maria Cristina Bohn Martins e Prof. Dr. Pedro Schmitz

Fabiane e banca avaliadora

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

GRAVURAS RUPESTRES NO OESTE E NO SUL DO BRASIL (Sexta parte)

As figuras 34, 35 e 36, 38 e 39 são da Pedra Grande em São Pedro do Sul, na bacia do rio Toropi, formador do rio Ibicui. A figura 37 é do vale do rio Jacuí. Estas pinturas estão datadas de 1.000 d.C.

As figuras 40 e 41 são de Serranópolis, sudoeste de Goiás. As pinturas podem ser bem bantigas.
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terça-feira, 22 de agosto de 2017

GRAVURAS RUPESTRES NO OESTE E NO SUL DO BRASIL (Quinta parte)

Os pontos vermelhos do mapa indicam locais das gravuras do estilo Pisadas no Centro do Rio Grande do Sul e no Oeste de Goiás, geralmente em paredes verticais de abrigos rochosos.
As do Rio Grande do Sul foram estudadas por P.I.Schmitz e José P. Brochado: Petroglifos do estilo Pisadas no Centro do Rio Grande do Sul. Pesquisas, Antropologia, 1982.

As de Goiás, por P.I. Schmitz e outros em Pinturas e Gravuras de Serranópolis.... 
Figura 28
Figura 28: Típico vale do Centro do Rio Grande do Sul, em cujas abrigos se encontram as gravuras.

Figura 29
Figura 29. O abrigo de Canhemborá, no vale do Jacuí com os professores Brochado e Basile Becker, 1972.

Figura 30
Figura 30. O mesmo abrigo com professor P.I.Schmitz, 1972.

Figura 31
Figuras 31 e 32. Gravuras do abrigo de Canhemborá, datadas de 1000 anos a.C.

Figura 32
Figura 33
Figura 33. Um decalque das gravuras do abrigo de Canhemborá.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

GRAVURAS RUPESTRES NO OESTE E NO SUL DO BRASIL (Quarta parte)

As gravuras costumam mostrar figuras independentes agrupadas como nas fotos anteriores. Mas também grandes redes de figuras.
Figura 23
Na figura 23, do CP 01, vemos um sulco formado por pequenas depressões, que se estendem por aproximadamente 200 m; de espaço a espaço o sulco  incorpora figuras complexas como a da foto.
Figura 24
Na figura 24, do CP 02, numa clareira da vegetação, temos uma composição típica de pisadas, círculos e longos sulcos.
 
Figura 25
Na figura 25, do mesmo sítio, temos outro recorte das gravuras do lajedo.
Figura 26
Na figura 26 temos um recorte de gravuras de um grande lajedo horizontal junto a uma lagoa nas nascentes do rio das Almas, um dos formadores do rio Tocantins, em Goiás. É do mesmo estilo de gravuras encontrado no Pantanal do Paraguai e na bacia do Rio Tocantins/Araguaia.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

GRAVURAS RUPESTRES NO OESTE E NO SUL DO BRASIL (Terceira parte)

Junto à cadeia montanhosa do Rabichão (ao fundo) está o lajedo CP 01, que se estende por uns 2.000m2, com gravuras agrupadas ou ligadas por extensos sulcos; um deles com uns 200 m de comprimento.
As figuras 13 a 22 mostram o lajedo e algumas de suas gravuras. As figuras são bem grandes e os sulcos que as formam medem 4 a 5 cm de largura e de profundidade.

A realização do conjunto dessas figuras numa rocha muito resistente como o óxido de ferro era trabalho coletivo e público e mostra a importância das gravuras na vida do grupo.








segunda-feira, 24 de julho de 2017

Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek



A espinheira-santa, planta muito difundida e amplamente utilizada na medicina tradicional é, muitas vezes, confundida com outras, entre elas, a cancorosa. Nesta postagem traremos algumas características que as diferenciam e a utilização das mesmas.

 
Planta jovem, cultivada no Campus Unisinos São Leopoldo.

 
Detalhe dos ramos em frutificação.



Pertence à família Celastraceae. Árvore de pequeno porte ou arbusto, cresce até 5 m de altura. Folhas coriáceas, com margens apresentando espinhos, um na extremidade e, lateralmente, aos pares. Flores pequenas, amareladas. Frutos de cor vermelha.
Nativa do sul do Brasil. Ocorre também no Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Bolívia.
Na medicina tradicional é empregada no tratamento de problemas estomacais tais como gastrite crônica, úlceras e dificuldade de digestão. O seu chá é preparado adicionando-se água fervente em uma xícara (chá) contendo uma colher (sobremesa) de folhas picadas, na dose de uma xícara (chá) antes das principais refeições.


Cancorosa Jodina rhombifolia (Hook. & Arn.) Reissek



Planta cultivada, com cerca de 25 anos, no Campus da Unisinos São Leopoldo.

Detalhe dos ramos.

Pertence à família Santalaceae. Arvoreta espinhenta de 2 a 4 m de altura. Folhas grossas e espinhentas com um espinho em cada um dos três ângulos. Flores pequenas de cor rósea. Frutos avermelhados.
Nativa do sul do Brasil. Ocorre no Paraguai, Argentina e Uruguai.
Na medicina tradicional é utilizada para combater resfriados, disenterias, problemas estomacais e na cicatrização de ferimentos infectados. O chá das folhas é indicado para o tratamento de resfriados e problemas estomacais; do cozimento da casca, chá para disenteria e o pó torrado das folhas é aplicado sobre úlceras crônicas e ferimentos infectados.

Para ler mais sobre a espinheira-santa acesse o artigo do Pe. Clemente José Steffen publicado pelo Instituto Anchietano de Pesquisas em:

Texto e fotos: Denise Schnorr