terça-feira, 11 de outubro de 2016

São Miguel

Anjos são mensageiros de Deus para com os homens. Os três maiores anjos são chamados arcanjos porque desempenharam tarefas mais importantes.
 Rafael é chamado o Curador, porque curou a cegueira do justo Tobias.
Gabriel anunciou a Maria a encarnação de seu filho Jesus e também anunciou a geração de João Batista, filho do sacerdote Ananias e de sua esposa Izabel.
Miguel está ligado à opção dos anjos uns a favor e outros contra Deus. Miguel chefia os que estão a favor e Lúcifer os que se opõem a Deus. Seu grito de guerra: “Quem como Deus!”

E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. (Apocalipse de João 12:7-9)


Na estatuária missioneira São Miguel é representado com vestes de soldado romano, tendo numa das mãos uma balança de dois pratos e na outra mão uma lança apontada para Lúcifer esmagado a seus pés.
A primeira escultura, na qual desapareceram, com o tempo, o corpo de Lúcifer, a lança e a balança, é de um barroco mais acentuado e se destaca a beleza do rosto do Arcanjo.
A segunda escultura, mais completa, tem o caráter de anjos mais destacado aparecendo asas tanto em Miguel como em Lúcifer.
A terceira escultura, mais simples, de vestir, certamente feita por um índio, só apresenta as características essenciais de Miguel: Lúcifer esmagado a seus pés. 
São Miguel era o patrono da Redução de São Miguel, a capital dos Sete Povos. O diabo aos pés de São Miguel  é, muitas vezes, interpretado como o bandeirante paulista, que destruiu grande número de missões.



Texto de Pedro Ignácio Schmitz
Imagens de Márcio de Mattos Rodrigues