sexta-feira, 26 de março de 2021

PEDRO IGNÁCIO SCHMITZ, APRENDIZ DE ARQUEÓLOGO

 6. Morar dentro do chão.


Nossos projetos no Planalto Meridional

A casa subterrânea era uma habitação comum em diversas partes do mundo, em certo período da história humana. Em princípio, era uma adaptação a ambientes frios, mas também podia tornar-se um identificador cultural: nós, os que moramos sob o chão

No Planalto Sul-Brasileiro, onde existem milhares de casas subterrâneas, elas são associadas ao povoamento pré-colonial de uma população do tronco linguístico Jê, família linguística Macro-Jê, cujos descendentes coloniais falavam Kaingang, Xokleng ou Ingaín. Os de língua Kaingang predominavam no Sul e no Oeste das terras altas, os de língua Xokleng, na parte mais alta e Leste. O pequeno grupo Ingaín desapareceu rapidamente e deixou pouca informação. 

Além de diferenças linguísticas, os grupos também podiam ser distinguidos por outros elementos da cultura. Usando como discriminador a cerâmica produzida, os arqueólogos separam um grupo que chamam de Tradição cerâmica Taquara, bastante comum na área ocupada pelos de língua Kaingang, e um grupo de Tradição cerãmica Itararé, comum na área ocupada pelos de língua Xokleng. Eles também registram diferenças no tratamento dos mortos; no primeiro grupo, deposição ou enterramento dos mortos; no segundo, a presença de cremação dos corpos.

Os linguistas concluíram que a origem desta população é o Brasil Central, entre Minas Gerais e Goiás, donde se teriam começado a deslocar para o Sul ao redor de mil anos antes de Cristo, ou três mil anos atrás. Os arqueólogos costumam percebê-los quando já estão bem instalados, tanto no território da Tradição Taquara como no da Tradição Itararé, a partir de quinhentos anos depois de Cristo, isto é mil e quinhentos anos depois. Os assentamentos do primeiro período são difíceis de identificar por não terem cerâmica, nem casas subterrâneas. 

Nossos projetos buscaram cobrir amplos espaços de ambas versões cerâmicas, no sentido de captar suas variações culturais e cronológicas 

O primeiro contato com as casas subterrâneas ocorreu no município de Caxias do Sul e comunas vizinhas, na década de 1960 e consistiu no levantamento de sítios, coletas superficiais, escavações sistemáticas e datações. Dele resultou a caracterização inicial da cultura da Tradição cerâmica Taquara atinente às casas e seu agrupamento, aos túmulos de seus mortos, à cerâmica doméstica, aos artefatos líticos e à cronologia das instalações. Também se buscou a caracterização e história dos índios Kaingang do período colonial, considerados seus descendentes. Desse tempo merece destaque Fernando La Sálvia por suas formulações para as casas e Ítala Irene Basile Becker pela recopilação dos dados sobre os índios Kaingang coloniais.

 Depois dessa pesquisa, a equipe trabalhou durante três décadas nos cerrados do Brasil tropical. Ao voltarmos às casas subterrâneas na área da Tradição Taquara, dirigimos nossa atenção, primeiro, ao município de Vacaria, onde, além de pequeno levantamento, escavamos dois grandes sítios como teste para as formulações produzidas em Caxias do Sul. Acrescentamos o estudo de um abrigo funerário junto a uma cascata, no qual tinham sido depositados, superficialmente, dezenas de corpos correspondentes a ambos sexos e todas as classes de idade de uma comunidade indígena local. Assumiram destaque no projeto os biólogos que caracterizaram essa população. 

Continuando nossa cobertura do planalto rio-grandense voltamos a atenção ao município de São Marcos, localizado entre Vacaria e Caxias do Sul. Fizemos levantamento sistemático em toda a superfície do município, realizamos coletas superficiais, cortes estratigráficos e escavações sistemáticas buscando entender, agora, a distribuição das diversas categorias de sítios no espaço geográfico. Como mais importante contribuição destaco a confirmação de que os pequenos montículos alongados junto às casas são túmulos individuais de moradores. Eles se multiplicaram na medida em que faltavam abrigos próximos, nos quais normalmente se guardavam os corpos dos falecidos. Mesmo assim, localizamos no município vários pequenos abrigos rochosos, sempre com poucos (um ou dois) mortos neles sepultados. 

Até aqui trabalhamos no Rio Grande do Sul, em área da Tradição cerâmica Taquara. O seguinte projeto cobriu o município de Taió, no vale do rio Itajaí, em Santa Catarina, área da Tradição cerâmica Itararé. No município, ao lado de numerosos assentamentos com pontas de projetil da tradição Umbu, estudamos um sítio com 12 casas subterrâneas, nas quais predominam datas do século VI ao VIII de nossa era; elas coincidem com as mais antigas do Rio Grande do Sul. Mas as depressões das casas são mais rasas, os materiais estão do lado de fora delas e não há cerâmica, de nenhuma das tradições.

Os nove anos do seguinte projeto, no município de São José do Cerrito, no planalto de Lages, proporcionaram dados mais sólidos sobre a história antiga do Jê no Sul do Brasil. No projeto testamos, com alguma sorte, as afirmações dos linguistas sobre a origem e desenvolvimento do grupo Jê do Sul. Debaixo de uma casa subterrânea geminada encontramos um assentamento isolado sem casa subterrânea e sem cerâmica, datado do quinto século antes de Cristo, i. é, apenas 500 anos depois da pleiteada primeira migração do Brasil Central (Figura 14). Depois, no Rincão dos Albinos, nos deparamos com um assentamento de 107 casas (Figura 6), de características e datas semelhantes às de Taió. Nos séculos XII e XIII apareceram casas muito grandes acompanhadas de potentes aterros funerários (Figuras 1 a 5), ainda com pouca cerâmica e de pequenas dimensões, parcialmente moldada em cesto (Figura 13). A partir do século XIV elas foram substituídas por pequenas casas agrupadas ou geminadas (Figuras 7 a 11), com vasilhas de barro cada vez mais abundantes e maiores da Tradição Itararé (Figura 12), indicando aumento de cultivos. Esse povoamento indígena durou até a primeira metade do século XVII, quando os paulistas começaram a percorrer e, finalmente, dominar a região. Acredita-se que foi desse planalto que se originaram os Xokleng (Botocudos) encontrados pelos colonizadores alemães de Blumenau.

A pesquisa foi exitosa e forneceu dados confiáveis para todo o período de povoamento indígena pleiteado pelos linguistas, desde perto da chegada até sua expulsão pelos bandeirantes paulistas. 

A cultura das casas subterrâneas.

As famílias Jê que se deslocaram dos cerrados quentes trocaram um ambiente rico em frutas e sementes por campos frios de recursos escassos antes da chegada do pinheiro; talvez a maior riqueza do ambiente fossem os butiazais, dos quais sobrou uma amostra nos campos de palmas. Em pequenos grupos familiares se manteriam dispersos e móveis, sem casas subterrâneas, sem cerâmica e sem cultivos. Nas estações frias talvez se refugiassem em abrigos rochosos existentes junto às altas nascentes. Eles se manteriam como caçadores e coletores móveis durante séculos até melhorarem os recursos com o aparecimento e a multiplicação dos pinheiros em meados do primeiro milênio. Deles estudamos um assentamento do século quinto antes de Cristo nos Campos de Lages.

Percebemos sua mudança no século VI de nossa era quando, no planalto de Santa Catarina, estudamos aglomerados de casas subterrâneas muito rasas, ainda sem cerâmica, primeiro em Taió e, depois, em Rincão dos Albinos.  Eram o resultado de acampamentos sucessivos junto a dois antigos capões de pinheiros, onde as famílias indígenas se reuniam para colher o pinhão que amadurece no outono. Os capões de pinheiros ainda eram poucos, razão de sempre voltarem aos mesmos. A colocação das choupanas de piso rebaixado no mesmo lugar resultou um denso aglomerado de depressões sobrepostas ou invadidas. 

Nesse mesmo tempo já temos, no planalto de Caxias do Sul, casas subterrâneas grandes e fundas e cerâmica Taquara bem caracterizada

Com a expansão dos pinheirais sobre os campos, a partir do ano mil vão-se multiplicar as aldeias de casas subterrâneas que estudamos em Santa Catarina, em território da Tradição Itararé, e no Rio Grande do Sul, em território da Tradição Taquara.

A casa subterrânea para a caracterizar o assentamento em ambas regiões. Ela é o lugar da moradia e dentro dela permanecem os pequenos fogões com a panelas quebradas e os restos de alimentos. Também alguns rudes instrumentos de pedra. A casa pode ser grande, funda e abrigar toda a comunidade; ou pequena, unifamiliar, agrupada com outras iguais; ou ainda geminada, duas habitações sob o mesmo teto abrigando famílias aparentadas. Os assentamentos sugerem que as comunidades locais eram pequenas.

A casa era escavada em terreno firme na encosta suave de coxilhas, onde a água das chuvas escorre facilmente, mas perto de uma nascente ou banhado de altura, onde têm acesso a água. O telhado da casa podia ser em colmeia quando pequena; em chapéu chinês quando grande. A escavação das casas grandes exigia a colaboração de toda a comunidade e podia levar muitas semanas ou meses de construção. As casas provavelmente eram estacionais, sendo ocupadas e desocupadas diversas vezes, como mostram as sucessivas camadas de terra que acabaram por entulhá-las.

 Os instrumentos domésticos eram predominantemente panelas de barro que, na Tradição Taquara, têm paredes mais grossas e retas, exibindo, muitas delas, as rugosidades provenientes da cesta em que foram moldadas. Na Tradição Itararé, as paredes são mais finas, levemente infletidas, escurecidas e brilhosas a ponto de refletir a luz. Elas costumam ser pequenas e parecidas, com capacidade não superior a dois litros. Fabricadas pelos membros da casa, eram utilitárias; externamente se cobriam de fuligem e internamente conservavam crostas dos alimentos. Mesmo quebradas, permaneciam nos fogões em que tinham sido usadas.

Outros instrumentos utilitários eram feitos em rocha local, a maior parte simplesmente lascada para dar forma e gume, algumas polidas criando uma lâmina de machado, uma mão-de-pilão ou um pilão.

As pequenas aldeias se dispersavam pelo território, cada uma com seus pinheirais, suas matas para lenha, madeira, frutas, sementes e animais; seus campos com butiazais e, no final, também seus pequenos cultivos de milho, feijão, abóbora e inhame. 

No período colonial já não se percebem essas estruturas construtivas e também se perde a cerâmica. Não conhecemos os pormenores da mudança; apenas sabemos que são diferentes. 

 

1.     A paisagem das casas subterrâneas: o campo com pinheiros; a casa enterrada com 20 m de diâmetro e 7 de profundidade; atrás, o aterro para cremar os mortos, com 30 m de diâmetro e 3 m de altura.

 

2. Escavando o piso da casa.

 

3.     As cores do solo indicam períodos de ocupação.

 

 

4.     Este aterro funerário: este mede 20 m de diâmetro e 2 m de altura.

 

5.     Escavando o aterro da figura 1.

 

6.     Aglomerado de casas subterrâneas no Rincão dos Albinos; cada depressão é uma casa.


7.     Casa geminada em São José do Cerrito.


8.     Escavando uma casa de tamanho médio em São José do Cerrito.

 



9.     Material no piso da casa acima.

 

10.  Um pequeno fogão com a panela quebrada, no mesmo piso.

 


11.  Também havia fogões no pátio da casa.

  

12.   Uma panela da Tradição Itararé.


13.  Uma panela da Tradição Taquara.

 

14. O fogão do sítio datado do século V antes de Cristo.

 

15.  A equipe de 2016.


Texto e Imagens: Prof. Dr. Pedro Ignácio Schmitz





sexta-feira, 12 de março de 2021

PEDRO IGNÁCIO SCHMITZ, APRENDIZ DE ARQUEÓLOGO

5. No Agreste Nordestino 

A participação neste projeto resultou do convite do reitor da UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco) para acompanhar o trabalho de Jeannette Maria Dias de Lima, recém contratada pela universidade.

Jeannette vinha escavando um sítio com numerosos esqueletos no município Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano, um pouco além de Caruaru. Brejo é a capital nacional da cenoura e, na Semana Santa, se faz ali uma famosa representação da Paixão de Jesus. 

O abrigo em escavação se localiza na baixa encosta da Serra granítica do Estrago, a 650 m de altitude sobre o nível do mar, a pequena distância de uma lagoa de água permanente, posteriormente drenada para plantação de cenoura.

Durante o ano de 1982 e a primeira parte de1983, Jeannette vinha fazendo escavações no abrigo, em fins de semana, ajudada por alunos da universidade. Foi quando o reitor me convidou a participar na saída de dezembro de 1983, que durou uma semana. 

Nas saídas anteriores, Jeannette e alunos vinham realizando escavações a partir da linha de goteira, tendo encontrado 30 sepultamentos, não muito bem conservados porque apanhavam o respingo da chuva junto da boca. Na expedição de dezembro, quando continuamos a escavação para o interior do abrigo, encontramos 27, que estavam mais bem conservados. Na oportunidade recolhi carvão para datação das principais camadas que tínhamos exposto. Elas mostraram que, antes de se tornar cemitério, o abrigo tivera ocupações antigas de caçadores e coletores, que tinham deixado densas camadas de cinzas. 

As primeiras ocupações, acampamentos de caçadores-coletores são do final do Pleistoceno, de 10.000 a 9.000 anos a.C. Durante o Ótimo Climático, 5.000 a 3.000 a.C., o abrigo parece não ter sido ocupado. Após o Ótimo Climático retornam os acampamentos, agora ocasionais, de caçadores e coletores. E nos três primeiros séculos depois de Cristo o abrigo se torna cemitério de uma população que tinha sua aldeia na proximidade, provavelmente ao pé da encosta, junto à lagoa. Parece não ter havido nova ocupação depois do cemitério.

O pequeno abrigo mostrava ocupações antigas e muitos sepultamentos e o trabalho executado até então não correspondia a sua importância. Por isso foi programada uma temporada mais longa, de trinta dias, para a realização de trabalho mais calmo e mais técnico. Isto ocorreu no mês de julho de 1987, quando concluímos a escavação do núcleo central e sondamos as bordas laterais do abrigo. Apareceram mais 23 sepultamentos. 

Ao todo foram escavados 80 esqueletos depositados em covas individuais. Dos 58, cujo estado de conservação permitiu classificação por faixa etária e sexo, 20 foram classificados como indivíduos imaturos, ou não adultos sem identificação sexual, 13 como adultos femininos, 25 como adultos masculinos. Parece uma boa amostra do que teria sidoa amostra da população do povoado, que ali foi depositada durante três séculos.

Os mortos estavam depositados em covas individuais forradas com fibras vegetais, envoltos em esteiras ou palha, acompanhados de seus ornamentos (colares de sementes, de contas de osso ou de amazonita), instrumentos (duas flautas de osso longo de mamífero) e armas (um tacape). Para o sepultamento, os membros superiores e inferiores eram dobrados sobre o corpo, este envolvido em esteira ou palha e fortemente amarrado por grossas cordas, resultando em fardo mais cômodo para o transporte. Sepultamentos de imaturos podiam estar protegidos por pedras formando nichos; um estava depositado num cesto; outro numa espata de palmeira. 

Como o espaço era pequeno, acontecia que um sepultamento perturbasse um anterior; seus ossos eram, então, reunidos num cesto, em boa ordem e novamente depositados. Tudo mostra o cuidado com que os vivos tratavam os seus falecidos. Como arqueólogo, mais de uma vez, me emocionei, mexendo com sepultamentos de crianças, quando tentava expor os pequenos corpos, tão cuidadosamente sepultados por seus familiares. 

O abrigo era seco, excetuando a parte frontal onde respingava a chuva e um ponto ao fundo por onde entrava o fluxo vindo da encosta. Na parte seca, junto com os esqueletos, ficaram preservados muitos outros elementos: as forrações da cova, as esteiras que envolviam os corpos, colares que usavam, os cabelos e seu corte, o cérebro seco num crânio e muito restos fecais na bacia dos mortos. A boa conservação possibilitou a execução de muitos e variados estudos, biológicos, sociais e culturais.

O material foi recolhido ao museu da UNICAP, onde uma parte ficou exposta. Alguns esqueletos tiveram de ser devolvidos ao museu do Brejo porque a umidade do litoral os estava prejudicando. 

Os primeiros trabalhos foram divulgados na Revista Symposium da UNICAP. Depois, Jeannette escreveu a dissertação a partir dos materiais dos dois primeiros anos de escavação e a defendeu, rm 1986, na UNICAP. Em 2001 redigiu uma tese de doutorado na Universidad Autónoma de México, usando todos os materiais recuparados, mas não a concluiu, vitimada por um câncer.

Para não se perder o precioso material, em cuja escavação havia participado, selecionei elementos válidos de artigos, da dissertação e da tese incompleta e publiquei em Pesquisas, Antropologia 69. Mais tarde completei as informações (o diário de campo), que foram publicadas na Revista Clio, Série Arqueológica da UNICAP. Com isso o precioso trabalho não se perdeu.

 A referência básica que uso é DIAS DE LIMA, J.M.; SCHMITZ, P.I.; MENDONÇA DE SOUZA, S.M.F.; BEBER, M.V. 2012. A Furna do Estrago no Brejo da Madre de Deus, PE. Pesquisas, Antropologia 69.

Com algumas fotos de 1987 procuro ilustrar a forma de sepultamento da Furna do Estrago, no Brejo da Madre de Deus.


A paisagem: na frente, o lugar da antiga lagoa; no fundo a Serra do Estrago, em cuja baixa vertente se encontra o abrigo estudado.

 

Os blocos de granito rolados da encosta. No grande bloco da direita está o abrigo.


O pequeno e raso abrigo e a equipe de escavação de dezembro de 1983.

 

As camadas arqueológicas: camada 7 = 10.000 a.C.; camada 5 = 9.000 a.C.; os sepultamentos = entre 100 e 300 anos depois de Cristo. As covas se sobrepunham e penetravam profundamente nessas camadas.


A distribuição dos sepultamentos no espaço escavado. Fonte: Dias et al., 2012.

 

O sepultamento 87.23, adulto, masculino, ainda com seu envoltório de palha.

 

O mesmo sepultamento 87.23 sem o envoltório de palha, a cabeça envolta numa rede ou cesta de trançado muito aberto. Usava colar com 15 contas de osso de ave, mais 7 contas de molusco terrestre.

 

Esqueleto 87.6, adulto, masculino, o corpo coberto por ocre vermelho, envolto em esteira e deitado sobre mais outra esteira e mais um forro de palha. Usava colar de 78 contas de ossos de ave.

 

O mesmo sepultamento 87.6, mostrando melhor as duas esteiras e mais o forro da sepultura.

 

Esqueleto 87.3, de criança, deitado em cova forrada por fibras vegetais e cercada por pedras. Usava colar com 5 contas de osso de ave.

 

Restos do cesto no qual foi sepultada criança (87.2), que usava colar com 5 contas de marisco marinho.

 

Sepultamento 87.18, re-depositado, de adulto, masculino, colar com 3 contas de molusco terrestre, 5 contas de osso de ave e 3 contas de amazonita. 


Texto e Imagens: Prof. Dr. Pedro Ignácio Schmitz