sexta-feira, 17 de março de 2017

Escavando uma ‘casa subterrânea’ no planalto de Santa Catarina

A casa 5 do sítio arqueológico SC-CL50 aparecia como uma rasa calota de esfera de 10 x 9,5 m com 1,5 m de profundidade, numa plantação de pinus, sobre uma ondulação do terreno, que se inclina suavemente em todas as direções. Ela dista uns 50 m do sítio SC-CL-51 composto por 6 casas subterrâneas e outro tanto das outras 4 casas do sítio SC-CL-50. O interior e entorno imediato da casa estavam sem vegetação, além do pinus.
A casa foi inicialmente limpa da palha do pinus e foi instalado um canteiro de 3 x 2 m, que cobria o centro da casa e avançava sobre a parte baixa da parede.
Os sedimentos foram removidos sem mover os objetos, que foram numerados peça por peça, registrados em planilhas e fotografados. A cerâmica, o lítico e o carvão, assim identificados, foram guardados em sacos plásticos etiquetados. O perfil foi desenhado e fotografado. Concluído o trabalho, a casa foi recomposta deixando-a como a encontramos.
A intervenção esteve a cargo de Raul Novasco e Suliano Ferraço, com alguma colaboração de Ranieri Rathke e se estendeu de 03 a 27.01.2017.
A casa teve uma ocupação, pela primeira metade do século XVII, como as casas vizinhas e deixou para trás recipientes cerâmicos quebrados e alguns artefatos em pedra.  Na preparação da casa, os construtores deram rapidamente num bloco rochoso inamovível que eles aproveitaram juntando outros blocos para formar um raro piso de pedra no centro da casa.

As fotos mostram a sequência das ações dos arqueólogos:

Foto 1. A instalação do canteiro

Foto 2. Os fragmentos de uma panela abandonada por ocasião do abandono da casa
Foto 3. O material do final da ocupação: fragmentos cerâmicos, artefatos em pedra e dois blocos que serviriam de assento

Foto 4. Registrando o material
Foto 5. O início da ocupação com o círculo de pedra ao redor do bloco rochoso no centro da casa

Foto 6. A casa recomposta

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