sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A ESTÂNCIA SÃO JOSÉ (Queimada) - Parte 2

As construções ocupadas pelos administradores da estância.

É um conjunto de três casas paralelas, com paredes de pedra, externamente sem reboco, internamente rebocadas talvez por ocupantes posteriores ao período missioneiro. A cobertura original teria sido de palha, parcialmente talvez de telha-canoa; hoje é de folha de zinco.

O forro de tábuas, sustentado por barrotes paralelos expostos, cuidado no acabamento. Nas reduções do Paraguai, este forro é de bambu coberto por uma camada de barro, para sustentar um telhado de telha-canoa. As aberturas e seus materiais também são característicos. Em passado não muito remoto, nas casas teria funcionado um bolicho de beira de estrada.

Duas dessas construções, amostras típicas da técnica construtiva das reduções, foram unificadas por uma taipa usando as pedras da terceira casa, da qual apenas sobrou um pano de parede. Assim, foi criado um pátio protegido. As casas continuam ocupadas. Seu interior ainda não foi estudado por respeito aos moradores.

Nos fundos existem currais fechados por taipas que, provavelmente, são relíquias do tempo das missões.


Imagem 1 - A primeira casa que tinha sido um bolicho de beira de
estrada e continua ocupada pelo dono.
Imagem 2 - Vista de conjunto. As duas casas do centro foram unificadas
fechando o espaço entre elas com uma taipa, usando as pedras da casa
arruinada. Para fazer sombra no descampado aparecem
novamente grandes árvores do umbu.
Imagem 3 - Vista lateral da primeira casa com típica da técnica missioneira.
A cobertura original, que teria sido de palha, foi substituída por folha de zinco.
Imagem 4 - Vista lateral da segunda casa.
Imagem 5 - A casa (ou igreja) arruinada.
Imagem 6 - O interior de uma das casas.
Imagem 7 - As taipas dos potreiros provavelmente ainda são antigas.


Fotos feitas na pesquisa de campo realizada pelo IAP em Janeiro de 2018, no território da antiga Estância referida.

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